quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

vai ser fácil...


Não me prometas nada...
não se faz necessário, que sorrias.
Continues...
eis tua vida, eis o lago no qual, te dilues.
Não me telefone.
Esqueça meu nome.
Deixa-me ziguezaguear, voar.
Afinal,
tudo o que mais desse universo
é trazer do reverso,
o que de concepto,
ele me trará.

Cantes tua vitória.
Reescreva tua história.
Baile, sonhe, busque sua glória.
Vai ser fácil...
nasceste essencialmente,
pra isso.
És um imenso indício,
de que próximos amores,
pra ti, por certo, virão.

josemir(aolongo...)

poeto....


Poeto pela paz, que há de vir.
Poeto pela fé, que se faz sentir.
Poeto pela maré, que me traz o azul.
Poeto pelo elan, que me faz prosseguir.
Poeto enfim, por tudo o que se exala de mim,
e se faz adormecer em seu colo...
no íntimo de seu mais descansado
e encantado momento...

josemir(aolongo...)

do bem...


Sei de mim... palavras, ocasionalmente, outorgam-me tristeza. Mas, minha alma, eterna companheira, dá-me guarida. Ela é minha amiga, quando em silencio, retiro-me, e viajo pra alhures. Não efetuando um processo de fuga, mas sim, orientando-me o respirar fundo. O olhar mais aguçado, apoiado na certeza de que minha natureza, advem do Bem.

josemir(aolongo...)

sorrir sempre...


Vou sorrir sempre... agrada-me esse modo de ser. Estive afastado dele, mas agora vou procurar reativa-lo, pois que de chorosos, já bastam os derrotados.

josemir(aolongo...)

Os desavisados continuam firmes em sua romaria, noite e dia. Eles despencam do alto de suas desavenças, pois que egoistas que são, não conseguem dividir com ninguém os seus gostos e sonhos, nem com eles mesmos. Infelizmente, armazenam veneno. Procuram instigar os espiritos amenos, isso é o que mais lhes apetece. Carecem de saber amar. Confundem-se. Não conseguem discernir a diferença imensa, entre prazeres da carne, e prazeres plenos da alma. 

josemir(aolongo...)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

ao meu lado dormiu...

Não saberia jamais projetar-me
no interior de seus desejos.
Não consigo refletir-me em seus olhos.
Vejo-me, pés descalços,
cada vez mais alargando meus passos,
ao caminhar pelos pomares,
por onde meus rimares passaram
feito gladiadores...
sou um aflito guerreiro.
Daqueles que jamais
esmorecem,
porém, quando usado,
pra sempre se esquece
de quem um dia,
ao meu lado dormiu...

josemir(aolongo...)

o que sobrou?




















Estilhaços?
Por vezes passo...
Ofegante busco no instante
o reabsorver do ar, e me refaço.
 
O porquê de tanta mesmice
nesse emaranhado de tolices,
inda continua denso mistério...
Feito bruma de mal etéreo.
 
Mas vou...
O que não mais refulge em letreiros,
assume-se por inteiro
na opacidade do que se desarvorou.
Aí indago:
O que sobrou?
Será que nas rimas e versos que faço
existe algo além de querer ser o que sou?
Ou será que contundentes,
as poesias que fluem de minha alma
são imprudentes,
e embaçam os dias
causando transtorno à acalmia?
(isso se realmente calmos,
 forem os dias...)
 
Pode ser que os olhares sejam outros.
Pode ser que não estejam soltos.
Pode até ser que quem se arvora em saber
na realidade inda não conseguiu entender
que nada sabe,
e por isso fere-se na ponta do sabre.
 
Mas entre ditames e quereres
do que com diculdade fez-se e se formou,
o que sobrou?
 
josemir ao longo...

domingo, 23 de dezembro de 2012

como tirar vidas...



Todos os natais,
sempre me trouxeram 
a felicidade.
Ademais,
esse ambiente amigo,
que se forma,
nos torna
bem mais humanos.
Sorrisos espocam...
a gratidão se faz viva,
nos gestos e olhares
das pessoas.
Um ambiente
abarcado por sonora
sintonia,
nos cerca.
Negar essa vibração,
e entregar-nos ao que de mal,
desenha-se,
quando guardamos
a inconsequência do ódio
em nossos corações,
é como tirar vidas...

josemir(aolongo...)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

voltar ao inicio....

Repentinamente,
o bote...
eu, vitima indefesa,
desguarnecida presa,
tremi...
temi pelo que ainda
restava do meu corpo.
Senti-me semi morto,
quando senti de súbito,
garras tentando arranhar
o meu rosto...

Repentinamente,
me armei...
retirei de minhas entranhas,
parcelas vivas de uma
força estranha,
e afugentei o que se fazia predador.

Sobrevivi.
Maneira singela.
Sem sequelas.
Mas, perdi-me.
Meio que atordoado
permiti que o  medo,
adentrasse em minha casa.
No agora,
tento esquecer essa história.
Tento obter asas,
pra poder lançar-me,
e voar novamente.
Voltar ao início...


josemir(aolongo...)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

pra quê?



















Não se aquietam as nuanças lúgubres...
Parece até que transpus os muros das adversidades
e deparei-me com minhas animosidades,
refrescando-se num remanso mal-humorado...

Uma coisa assim, meio que fobofóbica
que feito ilusão de ótica,
faz com que a visagem pouse numa região inóspita,
e denegrida faça-se recolhida, tamanha a sinergia hipócrita...

Quem vi, ou haverei de ver,
dependerá do alonjar do meu mirar...
Se é que eu consiga alcançar o mirante.
Se é que eu me consiga descrever...

Mas vou seguindo já prevendo a desistência do seguinte.
Um defensor da singênese, um polemizador de requinte.
Um algo ou alguém que resista aos acintes,
e assumido, possa aferir às questões um efeito de hachuras,
para que visualizem o estranho visual
e se esqueçam das rachaduras,
que se fazem fenículas em qualquer manual
onde se insinue a hipocrisia
de conceituar como poesia,
ridículos tipos de escritos
que estejam circunscritos,
em papel envilecido qualquer...

Talvez não tenha me feito entender...
Pra quê?

josemir (ao longo...)

é assim que me concebo...


Ninguém abrigaria minhas incertezas...
mesmo se gritasse, implorasse.
Minhas dívidas e dúvidas,
continuam febris, e minhas.
As cicatrizes ainda continuam
pré dispostas a reabrirem-se.
Minhas propostas ainda habitam
o reino do deus dará.
Ninguém abrigaria minhas incertezas...
mesmo que eu delegasse às vontades presas,
uma forma cabal de liberdade.

Minhas querências,
continuam acopladas às minhas incoerências.
Eu choro, quando preciso sorrir.
Eu venho, quando preciso ir.

Ninguém abrigaria minhas tolices...
minhas fantasias e crendices,
somente fazem-se tangíveis
aos meus sentidos.
Minhas manias, detém-me
ao que se faz corriqueiro em meus dias.
É assim que me percebo...
é assim que me concebo.

josemir(aolongo...)

meu espaço tempo...


O meu espaço tempo,
dá abrigo aos meus sonhos voantes.
Tudo muda...
um deus nos acuda!
Em verdade,
a poesia enleva a alma,
que ao corpo ajuda
levando e trazendo
rimas e versos.
Fico feliz... confesso.
Meu espaço tempo,
faz-se janela aberta.
Rompe meios e modos.
Refaz as vontades desertas,
Faz-se abrigo.
Amansa meus supostos inimigos.

O meu espaço tempo,
é o meu mundo,
tracejado e sempre redesenhado
por coisas minhas,
que jamais se conceberam sozinhas.

josemir(aolongo...)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

diretriz mor...


Dá-me o tempo exato, ó flor,
pra que eu me reinsira à fila dos meus desejos.
Não... não quero saber de melodias ou cantigas,
que se sobreponham aos meus lícitos princípios.
Preciso buscar...
preciso redescobrir as vias, as trilhas,
que feito o que brilha,
comandaram a maior parte dos meus passos...
meus tremidos e temidos quereres,
os quais, ainda hoje, repasso e refaço.

Dá-me o instante exato, ó tempo,
pra que eu possa absorver de minhas lembranças
as vontades gritantes,
que vestiram minha ânsia,
obrigando-me a soltar minhas vontades secretas.

Dá-me o justo espaço, ó desejo,
pra que eu possa esmerar-me.
Lapidar minha essência.
Gritar ao mundo, que minha paciência,
de tão esparsa, por vezes, fez-se sem consistência.

Dá-me enfim, ó vida,
a noção do que em mim se faz precioso.
Preciso estar ciente de todos os meus intentos,
pra aí sim, reordenar meus pensamentos,
e realmente viver.
Não a vida que se atém à carne.
Mas a vida, que liberta, pois que concreta,
apresenta a o objetivo da alma, como diretriz mor.

josemir(aolongo...)

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

redesenhar meu rumo...


Arroubo do meu senso,
- que nesse momento, faz-se fatigado -
impulsiona-me a quebrantar
os elos, antes singelos,
que me induziam a compor,
e logo após cantar.

O que não é compreendido
passa a ser repelido,
pois que a verdade traz arrepios...

Passo pelas esquinas,
- modo firme, não ziguezagueante -
e apodero-me dos segredos
que mais tarde proverão os medos,
que eu não desejo despertar.

Preciso enfim curar-me...
reencontrar-me...
procuro buscar o ponto de luz.
Definir o estágio de voo
que agora me conduz,
e mais que depressa
reordenar meu rumo.

josemir(aolongo...)

razões de descobrir...


As notas de uma música
ressonadas em imenso carpir,
fazem-se incongruentes...

Sou diferente... desce cedo.
Desde do óbvio.
Itinerante, observo.
O acervo de meus conceitos
preambulares,
não me permite o caminhar
por estradas rotas.
Imagens loucas...

O que se faz raiz
em minha forma de ser,
em meu modo de estar,
faz-se oriundo de meu pensar
incrustrado no mundo.
Um mundo reto...
não aquele que desliza
abeirando regiões abissais.
Mas aquele que se notifica
pelo clarejar que busca do mais,
razões de descobrir...

josemir(aolongo...)

domingo, 9 de dezembro de 2012

tempo percorrido...


Tempo percorrido...
brevidade?
Longevidade?

Percurso antes veloz.
Hoje, compassado.
As esquinas envelhecem,
as indagações permanecem...
o tempo...
as estradas pavimentadas ou não,
agregam-se às distâncias mesmas.
Os dias, os anos, os hiatos.
O afã de um querer histriônico.
O receio de qualquer mal cronico.
O cuidado.
O coração que se arreta,
e capta sentimentos pelas arestas...
feito visões cortadas,
oriundas de frestas...
faz-se evidente,
que nem tudo traz festa.

Momento de arguir-me.
Saber-me.
Momento de caminhar no muito,
porém, de forma certeira, serena...

Quem sou agora?
Um alguém que parte, que ainda vem,
ou alguém inserido num tempo de vida,
que já naturalmente, se encurta?

josemir(aolongo...)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

não me iludo...


Não me iludo...
o jogo contudo,
faz-se fogo.
Arde em todos,
e em tudo.
O lado escuro acena.
Descortina-se o palco...
inicia-se a cena.
A fantasia faz-se infinita.
O artista, ensina e encena.
A platéia se agita,
e assiste aflita...

O grande teatro...
o jardim, a esquina, a sina,
o adro.
E a cada dia,
novo cenário.
A cada momento,
um novo movimento.
Repentinamente,
eis-me fora, sem argumento.
Essa é a vida...
não me iludo...

josemir(aolongo...)

sábado, 1 de dezembro de 2012

muito lentos...


Seguir faz parte...
moventes fazem-se os sonhos, a arte.
Nossos corpos mal acostumados,
não se valem do viver acelerado
e desdizem-se.

Buscar fugir das promessas...
eis o que menos nos interessa.

Sair pela noite, ouvir Chico, Edu, Nana,
apagar ressentimentos,
aquilo que por vezes, fere e engana.

Seguir sempre.
Eis a razão do tudo do Todo.
Eis o que nos faz cantores,
artesãos, pintores, atores...
eis o que nos faz poetas.
Em verdade somos casas
de porta sempre aberta,
à espera de que algo venha
pra elucidar os nossos próprios
mistérios...
fala sério...
estamos lerdos.
Fora do foco, da brisa,
do vento...
estamos muito lentos...

josemir(aolongo...)

diante dos olhos...

Ninguém passa pela vida
contando histórias de um tempo,
que não tenha existido.
Nada nem ninguém,
faz-se querer aguerrido,
se o objetivo escolhido
não se consolidar
diante dos olhos...

josemir(aolongo...)