quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

vai ser fácil...


Não me prometas nada...
não se faz necessário, que sorrias.
Continues...
eis tua vida, eis o lago no qual, te dilues.
Não me telefone.
Esqueça meu nome.
Deixa-me ziguezaguear, voar.
Afinal,
tudo o que mais desse universo
é trazer do reverso,
o que de concepto,
ele me trará.

Cantes tua vitória.
Reescreva tua história.
Baile, sonhe, busque sua glória.
Vai ser fácil...
nasceste essencialmente,
pra isso.
És um imenso indício,
de que próximos amores,
pra ti, por certo, virão.

josemir(aolongo...)

poeto....


Poeto pela paz, que há de vir.
Poeto pela fé, que se faz sentir.
Poeto pela maré, que me traz o azul.
Poeto pelo elan, que me faz prosseguir.
Poeto enfim, por tudo o que se exala de mim,
e se faz adormecer em seu colo...
no íntimo de seu mais descansado
e encantado momento...

josemir(aolongo...)

do bem...


Sei de mim... palavras, ocasionalmente, outorgam-me tristeza. Mas, minha alma, eterna companheira, dá-me guarida. Ela é minha amiga, quando em silencio, retiro-me, e viajo pra alhures. Não efetuando um processo de fuga, mas sim, orientando-me o respirar fundo. O olhar mais aguçado, apoiado na certeza de que minha natureza, advem do Bem.

josemir(aolongo...)

sorrir sempre...


Vou sorrir sempre... agrada-me esse modo de ser. Estive afastado dele, mas agora vou procurar reativa-lo, pois que de chorosos, já bastam os derrotados.

josemir(aolongo...)

Os desavisados continuam firmes em sua romaria, noite e dia. Eles despencam do alto de suas desavenças, pois que egoistas que são, não conseguem dividir com ninguém os seus gostos e sonhos, nem com eles mesmos. Infelizmente, armazenam veneno. Procuram instigar os espiritos amenos, isso é o que mais lhes apetece. Carecem de saber amar. Confundem-se. Não conseguem discernir a diferença imensa, entre prazeres da carne, e prazeres plenos da alma. 

josemir(aolongo...)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

ao meu lado dormiu...

Não saberia jamais projetar-me
no interior de seus desejos.
Não consigo refletir-me em seus olhos.
Vejo-me, pés descalços,
cada vez mais alargando meus passos,
ao caminhar pelos pomares,
por onde meus rimares passaram
feito gladiadores...
sou um aflito guerreiro.
Daqueles que jamais
esmorecem,
porém, quando usado,
pra sempre se esquece
de quem um dia,
ao meu lado dormiu...

josemir(aolongo...)

o que sobrou?




















Estilhaços?
Por vezes passo...
Ofegante busco no instante
o reabsorver do ar, e me refaço.
 
O porquê de tanta mesmice
nesse emaranhado de tolices,
inda continua denso mistério...
Feito bruma de mal etéreo.
 
Mas vou...
O que não mais refulge em letreiros,
assume-se por inteiro
na opacidade do que se desarvorou.
Aí indago:
O que sobrou?
Será que nas rimas e versos que faço
existe algo além de querer ser o que sou?
Ou será que contundentes,
as poesias que fluem de minha alma
são imprudentes,
e embaçam os dias
causando transtorno à acalmia?
(isso se realmente calmos,
 forem os dias...)
 
Pode ser que os olhares sejam outros.
Pode ser que não estejam soltos.
Pode até ser que quem se arvora em saber
na realidade inda não conseguiu entender
que nada sabe,
e por isso fere-se na ponta do sabre.
 
Mas entre ditames e quereres
do que com diculdade fez-se e se formou,
o que sobrou?
 
josemir ao longo...

domingo, 23 de dezembro de 2012

como tirar vidas...



Todos os natais,
sempre me trouxeram 
a felicidade.
Ademais,
esse ambiente amigo,
que se forma,
nos torna
bem mais humanos.
Sorrisos espocam...
a gratidão se faz viva,
nos gestos e olhares
das pessoas.
Um ambiente
abarcado por sonora
sintonia,
nos cerca.
Negar essa vibração,
e entregar-nos ao que de mal,
desenha-se,
quando guardamos
a inconsequência do ódio
em nossos corações,
é como tirar vidas...

josemir(aolongo...)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

voltar ao inicio....

Repentinamente,
o bote...
eu, vitima indefesa,
desguarnecida presa,
tremi...
temi pelo que ainda
restava do meu corpo.
Senti-me semi morto,
quando senti de súbito,
garras tentando arranhar
o meu rosto...

Repentinamente,
me armei...
retirei de minhas entranhas,
parcelas vivas de uma
força estranha,
e afugentei o que se fazia predador.

Sobrevivi.
Maneira singela.
Sem sequelas.
Mas, perdi-me.
Meio que atordoado
permiti que o  medo,
adentrasse em minha casa.
No agora,
tento esquecer essa história.
Tento obter asas,
pra poder lançar-me,
e voar novamente.
Voltar ao início...


josemir(aolongo...)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

pra quê?



















Não se aquietam as nuanças lúgubres...
Parece até que transpus os muros das adversidades
e deparei-me com minhas animosidades,
refrescando-se num remanso mal-humorado...

Uma coisa assim, meio que fobofóbica
que feito ilusão de ótica,
faz com que a visagem pouse numa região inóspita,
e denegrida faça-se recolhida, tamanha a sinergia hipócrita...

Quem vi, ou haverei de ver,
dependerá do alonjar do meu mirar...
Se é que eu consiga alcançar o mirante.
Se é que eu me consiga descrever...

Mas vou seguindo já prevendo a desistência do seguinte.
Um defensor da singênese, um polemizador de requinte.
Um algo ou alguém que resista aos acintes,
e assumido, possa aferir às questões um efeito de hachuras,
para que visualizem o estranho visual
e se esqueçam das rachaduras,
que se fazem fenículas em qualquer manual
onde se insinue a hipocrisia
de conceituar como poesia,
ridículos tipos de escritos
que estejam circunscritos,
em papel envilecido qualquer...

Talvez não tenha me feito entender...
Pra quê?

josemir (ao longo...)

é assim que me concebo...


Ninguém abrigaria minhas incertezas...
mesmo se gritasse, implorasse.
Minhas dívidas e dúvidas,
continuam febris, e minhas.
As cicatrizes ainda continuam
pré dispostas a reabrirem-se.
Minhas propostas ainda habitam
o reino do deus dará.
Ninguém abrigaria minhas incertezas...
mesmo que eu delegasse às vontades presas,
uma forma cabal de liberdade.

Minhas querências,
continuam acopladas às minhas incoerências.
Eu choro, quando preciso sorrir.
Eu venho, quando preciso ir.

Ninguém abrigaria minhas tolices...
minhas fantasias e crendices,
somente fazem-se tangíveis
aos meus sentidos.
Minhas manias, detém-me
ao que se faz corriqueiro em meus dias.
É assim que me percebo...
é assim que me concebo.

josemir(aolongo...)

meu espaço tempo...


O meu espaço tempo,
dá abrigo aos meus sonhos voantes.
Tudo muda...
um deus nos acuda!
Em verdade,
a poesia enleva a alma,
que ao corpo ajuda
levando e trazendo
rimas e versos.
Fico feliz... confesso.
Meu espaço tempo,
faz-se janela aberta.
Rompe meios e modos.
Refaz as vontades desertas,
Faz-se abrigo.
Amansa meus supostos inimigos.

O meu espaço tempo,
é o meu mundo,
tracejado e sempre redesenhado
por coisas minhas,
que jamais se conceberam sozinhas.

josemir(aolongo...)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

diretriz mor...


Dá-me o tempo exato, ó flor,
pra que eu me reinsira à fila dos meus desejos.
Não... não quero saber de melodias ou cantigas,
que se sobreponham aos meus lícitos princípios.
Preciso buscar...
preciso redescobrir as vias, as trilhas,
que feito o que brilha,
comandaram a maior parte dos meus passos...
meus tremidos e temidos quereres,
os quais, ainda hoje, repasso e refaço.

Dá-me o instante exato, ó tempo,
pra que eu possa absorver de minhas lembranças
as vontades gritantes,
que vestiram minha ânsia,
obrigando-me a soltar minhas vontades secretas.

Dá-me o justo espaço, ó desejo,
pra que eu possa esmerar-me.
Lapidar minha essência.
Gritar ao mundo, que minha paciência,
de tão esparsa, por vezes, fez-se sem consistência.

Dá-me enfim, ó vida,
a noção do que em mim se faz precioso.
Preciso estar ciente de todos os meus intentos,
pra aí sim, reordenar meus pensamentos,
e realmente viver.
Não a vida que se atém à carne.
Mas a vida, que liberta, pois que concreta,
apresenta a o objetivo da alma, como diretriz mor.

josemir(aolongo...)

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

redesenhar meu rumo...


Arroubo do meu senso,
- que nesse momento, faz-se fatigado -
impulsiona-me a quebrantar
os elos, antes singelos,
que me induziam a compor,
e logo após cantar.

O que não é compreendido
passa a ser repelido,
pois que a verdade traz arrepios...

Passo pelas esquinas,
- modo firme, não ziguezagueante -
e apodero-me dos segredos
que mais tarde proverão os medos,
que eu não desejo despertar.

Preciso enfim curar-me...
reencontrar-me...
procuro buscar o ponto de luz.
Definir o estágio de voo
que agora me conduz,
e mais que depressa
reordenar meu rumo.

josemir(aolongo...)

razões de descobrir...


As notas de uma música
ressonadas em imenso carpir,
fazem-se incongruentes...

Sou diferente... desce cedo.
Desde do óbvio.
Itinerante, observo.
O acervo de meus conceitos
preambulares,
não me permite o caminhar
por estradas rotas.
Imagens loucas...

O que se faz raiz
em minha forma de ser,
em meu modo de estar,
faz-se oriundo de meu pensar
incrustrado no mundo.
Um mundo reto...
não aquele que desliza
abeirando regiões abissais.
Mas aquele que se notifica
pelo clarejar que busca do mais,
razões de descobrir...

josemir(aolongo...)

domingo, 9 de dezembro de 2012

tempo percorrido...


Tempo percorrido...
brevidade?
Longevidade?

Percurso antes veloz.
Hoje, compassado.
As esquinas envelhecem,
as indagações permanecem...
o tempo...
as estradas pavimentadas ou não,
agregam-se às distâncias mesmas.
Os dias, os anos, os hiatos.
O afã de um querer histriônico.
O receio de qualquer mal cronico.
O cuidado.
O coração que se arreta,
e capta sentimentos pelas arestas...
feito visões cortadas,
oriundas de frestas...
faz-se evidente,
que nem tudo traz festa.

Momento de arguir-me.
Saber-me.
Momento de caminhar no muito,
porém, de forma certeira, serena...

Quem sou agora?
Um alguém que parte, que ainda vem,
ou alguém inserido num tempo de vida,
que já naturalmente, se encurta?

josemir(aolongo...)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

não me iludo...


Não me iludo...
o jogo contudo,
faz-se fogo.
Arde em todos,
e em tudo.
O lado escuro acena.
Descortina-se o palco...
inicia-se a cena.
A fantasia faz-se infinita.
O artista, ensina e encena.
A platéia se agita,
e assiste aflita...

O grande teatro...
o jardim, a esquina, a sina,
o adro.
E a cada dia,
novo cenário.
A cada momento,
um novo movimento.
Repentinamente,
eis-me fora, sem argumento.
Essa é a vida...
não me iludo...

josemir(aolongo...)

sábado, 1 de dezembro de 2012

muito lentos...


Seguir faz parte...
moventes fazem-se os sonhos, a arte.
Nossos corpos mal acostumados,
não se valem do viver acelerado
e desdizem-se.

Buscar fugir das promessas...
eis o que menos nos interessa.

Sair pela noite, ouvir Chico, Edu, Nana,
apagar ressentimentos,
aquilo que por vezes, fere e engana.

Seguir sempre.
Eis a razão do tudo do Todo.
Eis o que nos faz cantores,
artesãos, pintores, atores...
eis o que nos faz poetas.
Em verdade somos casas
de porta sempre aberta,
à espera de que algo venha
pra elucidar os nossos próprios
mistérios...
fala sério...
estamos lerdos.
Fora do foco, da brisa,
do vento...
estamos muito lentos...

josemir(aolongo...)

diante dos olhos...

Ninguém passa pela vida
contando histórias de um tempo,
que não tenha existido.
Nada nem ninguém,
faz-se querer aguerrido,
se o objetivo escolhido
não se consolidar
diante dos olhos...

josemir(aolongo...)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

canções de vir, pra ficar...


Por quais céus voas, pássaro ferido,
quando solitário estás?
Adejas sem firmeza, perante as ameaças
delas, as violentas procelas,
ou te protege junto aos versos das poesias,
que escreves no espaço, quando estás a voar?

Quais canções cantas, alma enlevada em música,
quando sufocado te encontras?
Canções tormentosas, lacrimejadas, sofridas, choradas...
ou canções de fazer crescer, junto ao que desponta,
a cada vez, que de ti forem retiradas,
promessas de vir pra ficar?


josemir(aolongo...)


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

prece que deve e irá chegar...



Pleno ébano,
filho dileto de airá,
que agora eu, em arfante afã,
possa celebrar o amanhã
com trejeitos de aiuá...

Que eu possa minhas preces ajaezar,
e mergulhado na graça da segunda ai-lá,
pra  mim a mais forte sagração da salá,
que faz-me projeto de malemba,
onde em sonoros malembes
eu me prostro aos pés de Orixá,
pedindo pra me guardar aqui,
como se eu estivesse lá...

E nessa prece que há e deve chegar,
pra me livrar do pensamento sórdido de querer
a alguém maleficiar,
vou cuidar de fazer com carinho o malaxar
pra poder aliviar minhas dores,
quando sentir que fortes odores
de outros orbes,
vierem me cobrir de sofreres,
nos quais meus quereres,
não sejam suficientemente fortes
para deles se libertar,
buscando outra sorte...

E na busca altívola da luz de Orixá,
que eu possa me achegar em pensamento
ao nobre sentimento, que veste Orixalá,
pra poder me fazer merecedor de um amanhã,
onde eu possa espargir a magia e
a sabedoria de um oxalufã,
a demonstrar que todos somos órfãos sedentos
dos mesmos sagrados intentos,
pois que se próximos,
inseridos e soltos, no mesmo corpo,
cabe-nos amar e amar.

Como se um só fossemos,
que possamos adurir
todos os males do não perdoar,
e aerifomes,
pedirmos proteção a Iansã
perante o azul do mar,
que iguala padres, rabis, pastores e ialorixás.
Que possamos ecumenicamente
retomarmo-nos como gente
sagrando-nos como irmãos,
na amplidão do que se faz brilhar,
anunciando a prece,
que deve e irá chegar...


josemir (ao longo...)

asa quebrada...


Nem sei se lançar-me-ei agora.
Quem sabe o meu arcabouço
melindrado pelo medo, que me desarvora,
não se faça solto,
e não me assuma criatura alada.
Ave de asa quebrada...

Quem viria em minha ajuda?
Quem faria reverberar,
na parede que agora se desnuda,
a vontade febril e terçã,
do querer voar?

Nem sei sinceramente
se meu senso mente,
quando protela, inconsequente,
tentando aquartelar
minha vontade de adejar.
Voar...voar...voar...

Nem sei se os percalços,
se farão cadafalsos,
enquanto meus pedaços,
fizerem-se juntar...

Só sei que corredor aberto,
embora em labirinto abrumado,
procuro fazer-me concepto
buscando o que se predispõe reto,
pelas curvas do incerto...

Proponho-me ser estrada.
Talvez me faça coração,
e pode ser então,
que a imensidão me abarque,
e eu embarque
no vento que sopra macio,
na curva dos meus sonhos...
no remanso de minha saudade.
No porquê da minha ansiedade...

Talvez minha asa quebrada,
seja exatamente,
o que agora mereço.
Fiz-me criatura avoada,
que enquanto voante, espargiu sementes,
porém não semeou nada...

josemir (ao longo...)


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

buscar romeiro...




















A cada dia, instigado pelo fomento de inspiração,
que ablaqueia-me, e me leva a sentir sempre o cheiro do novo,
sinto que todas os caminhos sugerem-me o desejo vivo de poetar.
Sair por aí, feito um motivo qualquer, pra ver e sentir qual é.
Entrego-me de vez às querencias, que fazem-se brotar nas esquinas,
pra poder estar e viajar pelas diversas sinas, que meninas,
fascinam, implementando aos meus olhos, as nuances peregrinas,
que marcam de forma indelével, o meu coração poeta.
O meu sonho eterno de conseguir de forma completa,
viajar e viajar, com a finalidade de rociar orbes outros...
planetas soltos, gestos mais nada rotos.
Verdades reveladas não por fatos quaisquer, absortos,
mas sim pela relevância, que faz arder a ânsia,
de querer encontrar-me, definir-me, de ser não à distância,
mas sim, incluso no palco principal da vida,
onde as formas bem definidas, bem divididas
dão o tom final pra musica, que virá pra
ser magistralmente executada.

Todo o dia é dia de poesia.
A inspiração é livre, tal qual um colorido pássaro.
Ágil, feito colibri.
Curiosa e dominadora, seja aqui, seja ali...

A cada segundo de minha vida
soma-se a vontade mirabolante
de fazer do instante,
uma exclamação mais que eterna.
Uma declaração mais que apaixoinada.
Uma viagem, onde as visagens são tomadas
pelas cores mais lúcidas.
Pelos tons mais fortes.
Pelos rompantes mais sensíveis da sorte.
Pelo que realmente habita o meu buscar romeiro.

josemir(aolongo...)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

por ser verdade...

Entre rompantes de absurdez,
eis que o estranho talvez
anula as propostas relevantes
do sim e do não...
os hiatos, tomam posse dos versos.
As palavras distanciam-se uma das outras,
e dão um sentido inverso
ao que se procura.
Como se desse início à controversa
loucura...
como se o todo tangível,
se tornasse um fato impossível...
e inacessível...

Entre o silencio das opiniões dadas,
e das escritas reveladas,
eis que a lógica benquista
busca a grande conquista:
aquela que desonra as mentiras inteiras,
dando validade primeira
ao todo que não se contradiz,
por fazer-se clarear pela fala verdadeira.

josemir(aolongo...)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

dizeres finitos...


Esmaecendo...
vultos às voltas
com a claridade.
Hiatos...
relances de verdades.
Quem sabe sintomas dos fatos
que acionam nossas intempestivas
tormentas, nossos retratos?
Lançamo-nos...
feito bólidos.
Afeitos a afetos
descabidos,
que se fizeram desafetos,
quando descoloridos
nos percebemos.

Uma névoa...
um enodoar de quereres.
Um somatório de dizeres
jamais ditos...
finitos.

josemir(aolongo...)

esperando a luz amainar...


Ainda a luz...
ela insiste, persiste, e reluz,
somente sobre tua face.

Paro...
não posso seguir
em tua direção.
Venho da escuridão
de maus momentos
vividos.
Venho de nuances
de quereres corrompidos.
Venho de uma terra
de sombras e penumbras.

Enquanto o cintilar forte,
que açambarca a tua face perdurar,
estático, ficarei aqui a esperar.
Até que esse brilho intenso,
se amaine...
até que eu possa de ti,
me aproximar...

josemir(aolongo...)


aguardando o silencio...


O músico aguarda o silencio.
Assim como o amor anseia pelo carinho.
Assim como os andarilhos,
se inserem ao vento, que delineia o caminho.

O músico aguarda o silencio...
Assim como nossos desejos,
prospectam-se no espaço do realizar.
Assim como o sorriso,
faz-se aberto, destruindo o desconexo,
abrindo caminhos, feito som de guizos.

O musico aguarda o silêncio.
Assim como o ser humano cresce,
quando nele se fortalece
uma definição cabal, real...

O músico aguarda o silêncio.
O silêncio também aguarda o início da melodia,
pois que ele anda cansado
do barulho escancarado,
que passeia irreverente, pela natureza...

josemir(aolongo...)

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

entender-me...


Entender-me...
grande desafio.
Meus desejos sempre estão
por um triz...
um fio...

Meus questionamentos,
não tem respostas.
Somente pareceres e impressões expostas,
que por serem suspeitas e supostas,
não carregam o crivo da desfaçatez...

Cruzo as ruas, becos, vielas...
transgrido os conceitos e realço os meus feitos,
com a força de minha conduta.
Danço, sonho, sorrio, acendo velas.
Procuro velar, e fazer valer meus sonhos.
Eu os sou.
Eles, me habitam.

Entender-me...
sagrado desafio.
Nesse meio tempo,
vou reforçando meus brios.
Sei que ainda vou precisar
muito deles...

josemir(aolongo...)

olhos vendados...





Na agonia dos olhos vendados,
a dor de não ver o que passa e perceber-se ilhado...
num canto, numa aresta, numa janele,
numa noite ou num dia.
Perdido sonho, casa de alvenaria...

Na da importa e nem comporta,
a capacidade de podermos estar inseridos
completamente delineados e definidos,
no contexto tempo, que nos rodeia e nos abarca.

Da janela diminuta,
apenas o sentimento de podermos
alçar mais vôos..
apenas a imaginação e o almejo,
de nos definirmos infindos,
mesmo que não consigamos visualizar pelo olhar
os trajetos, que constituem e respaldam nossas viagens.

No mais, um dia inteiro, uma noite inteira.
Uma poesia escrita, um pensamento, uma etérea visita.
E sempre a esperança, de que somos atemporais.
Mesmo com a mente afoita, semi solta.
Mesmo na agonia de estarmos com os olhos vendados...

josemir(aolongo...)


já chorando, adormeci...


Já rociei o orbe,
onde habitam
meus duendes e reis.

Por lá, entre os reflexos doirados
dos cristais,
que enfeitam meus sonhos,
pude encontrar-me risonho
com muitos dos meus,
que se fizeram parcelas de brisa...
aquela envolta mansuetude,
que suavemente desliza.

Foi bom enquanto pude...
cantei, bailei.
Mesmo denso casulo,
movimentei-me na leveza do etéreo.
Não vi melindres, misérias, mistérios.

Enquanto voltava,
a mágica ode silenciou...
senti-me denso novamente.
O sol,
quando à terra retornei,
fazia-se parceiro do fogo
tamanha a intensidade do calor.

Corri,
me alinhei sob a sombra da amendoeira,
e já chorando de saudades,
adormeci...

josemir(aolongo...)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

alumbrante voar...


Queria ter a sabença
dos que se esquivam das desavenças,
e conseguem viver a essência,
do saber amar, do perdoar...

Queria não imiscuir-me,
e mesmo que por momentos,
indestinado,
ser algo indestrinçável
cujo limite,
não fosse traçado pelos ventos
e nem pelos quereres fúteis,
onde indevassável,
o indeterminismo se fizesse vôo de tabarana,
e o que se engana, o que se profana,
se fizesse inconcepto
e mais que por certo
caísse ao chão, por inanição,
após tantos vôos e mergulhos vãos.

Queria jamais ser alcoviteiro de taberna.
Queria ser um tenorino,
que entoasse sempre o doce hino
dos que se deixam tenrificar
pela liberdade de ação,
não como simples e meros seres moventes,
mas como cavalheiros, que silentes,
correm pelos imensos vãos, por serem
consequentes, habitam um espaço na ucronia.
E por não serem vistos
deixam de ser acreditados,
amados, queridos, clamados,
simplesmente pelo fato
de que com eles, o ato
deixa de ser impulso,
e transforma-se em algo crível...
mais que palpável...
algo tangenciável,
que abjugado esparge-se,
pois que é do seu destino,
não pertencer-se e jamais querer
que lhe pertençam...

Queria enfim ser um ser
que livre, fizesse-se abrandecer.
E permissível, completamente abrangível,
jamais me colocasse disponível
à solidão inquiridora.

Queria estar livre da insciência,
mergulhar de forma singela
no eternizar do que se faz insculpido,
e depois feito fábula
ganhar o leito, o livro, o ar,
e de modo indisfarçável,
jogar-me ao mundo, num alumbrante voar...

josemir(aolongo...)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

libertação...


Era imensa a revolta.
Era de imensa valia,
que a canção se impusesse.
Somente assim,
as vozes libertariam os fantasmas
dos algozes, que ainda rotos,
feito peso morto,
faziam com que vergassem
as vontades.

Mas cantaram alto.
E as poesias acopladas às melodias,
criaram uma nova perspectiva.
Uma nota viva. sonoramente
aguda e ativa,
que captou os lamentos, e os dissecou...

Foi assim que esse povo aprendeu.
Foi assim que renasceu o espirito bendito
da essencia mais sublime,
que dá alento, modifica,
e alavanca o desejo de atingir o cime.

Além das canções,
os corações - agora libertos -
desviaram-se dos desertos
e penetraram fundo
nos caminhos encantados,
e ornados por lindas flores.
Foi mesmo assim...
foi absolutamente assim,
que esse povo livrou-se
de sofreres e dores...

josemir(aolongo...)

água que fez fluir...


Água...
ablui o corpo inocente.
Gente.
Mistério do que só
perambulou e sobreviveu.
Mas. cresceu.

Aguaceiro.
Um rio de mágoas,
pleno e inteiro,
que pelo tempo se espalhou.
Curou. Purificou.

Água que veio das
encostas.
Água que arrastou
vidas, casas e causos,
frágeis e expostas.
Água,
 que também ressuscitou...

Água que veio da festa,
escorrendo pela testa,
deixando à mostra a fresta,
por onde muita história
fêz-se corredeira...
alimentou vidas inteiras.
Fêz fluir...

josemir(aolongo...)

à madrugada, sentinela singela do poeta...


Os cristais fogem do vento,
fazem silencio, cessam seu tilintar...
os pirilampos mudam o curso do vôo.
Murmuram: "deixem o poeta, poetar".
E em assim sendo, nada quebrará a madrugada.

O vento não sibila.
O poeta, nos hiatos de seus vacilos,
trasvolteia, e novamente vacila.
Mas, apaga as linhas plenas de bruma...
os versos fazem-se perplexos,
quando amalgamados às rimas,
constroem - através do poeta -
sublimes poesias...

Ah madrugada infinita.
Voas pelos domínios daquele que cria.
Não apressas o nascer do dia,
estar em ti é trazer do todo, que inebria,
o suave libertar da inspiração...

O poeta agora adormece.
Madrugada, sentinela singela,
já podes fazer as honras para o amanhecer,
que inserido em vertente magia.
já mansamente se anuncia...

josemir(aolongo...)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

anseios da alma...


Trazendo do fundo...
lá  do âmago das conquistas.
Ouço o cantar natural,
da natureza benquista
e lanço-me ao ousar.
Um ousar que perspassa
a vontade corpórea.
Um querer que se plasma,
feito infinito etéreo,
que sem segredo ou mistério,
toma forma e me açambarca.
Me afaga e me abarca.
Me sorri e me beija.
Que me diz assim seja,
acima de tudo...
acima entrementes, contudos.
Hoje passeio pelas trilhas,
- antes travestidas de ilhas,
num mar coberto de brumas -,
e confesso sossegado,
que tudo aquilo com o qual
eu havia sonhado,
fêz-se...

Trazendo do fundo,
lá do breu das entranhas,
percebo que as coisas estranhas
já se cimbraram...
não existem mais
os riscos de degredos.
Diluíram-se os medos,
e afloraram em mim,
os anseios da alma.

josemir(aolongo...)

me resumi em ti...


Ninguém deixou de passar
pela história...
e meu navegar,
foi quase infinito, bonito,
pois que me pus a sonhar.
Feliz sonhador...

Foi quando eu vi,
as razões do meu querer.
As nuances desse meu viver,
pelas estradas, de ir e vir.

Foi quando eu entendi.
Que os versos, são reflexos do amor.
Foi aí que eu vivi,
feito jardim em busca de flor.

Foi aí,
que eu me resumi,
em ti...

josemir(aolongo...)

onde tudo começou...


sou assim...

Sou do fundo
dos meus regozijos,
o que mais
ecoa...
sou uma pessoa.
Uma vida.
Uma grande avenida.
Sou um artista,
uma entidade benquista.
Sou o que não se
perde de vista,
pois não tenho por mania,
me esconder.
Sou apenas o meu ser.

Sou do entorno,
toda a atividade presente.
Sou o que sente.
O que pressente.
O que se ressente.
Sou de mim,
o silêncio.
O arbítrio, o agito.
O canto, o grito.
Sou assim...

josemir(aolongo...)

que se eternizam...


O céu aberto...
de frente, bem perto,
teu rosto lindo.
Teu olhor infindo.
E tudo mais.

Os sussurros soltos.
Os lembrares loucos,
arfante respirar.
Os motivos raros.
Os sofreres claros,
que não cessaram
de se repetir.

Mas que momento
belo...
o soprar singelo
da brisa.
Do silencio canção,
que cicatriza
as feridas de uma emoção,
que desliza...
solta... um tanto rota...
mas que ainda
encorpada se faz.

Momentos são momentos.
Mas na verdade
existem alguns,
que se eternizam...

josemir(aolongo..._)

Somos da distância,
a terra prometida.
Somos a intensa ânsia
do querer dorido.
Somos sim,
os sonhos que se plasmam...

Somos seres,
que se identificam.
Somos as marcas
das razões que ficam.

Somos sim...
somos não.
Mas estamos
na roda ativa,
valsando pelo
imenso salão
de nossas vidas...

Somos sim...
por que não?
Nada se faz
sozinho e sem razão.
Somos sim,
até o fim...
ou enquanto nos dermos
imersos na poesia,
que alimenta o nosso coração...

josemir(aolongo...)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

versos de amor...


Versos de amor
são atemporais...
são sinas...
resquícios de lembranças
dos nossos quintais.
Ademais,
poetar significa
mais que escrever,
voar...
dificil entender.
Custoso ter que aceitar.

Mas,
versos de amor,
são atemporais.
Mais que isso,
são eternos.
Estão além dos ais.
São cumplices da paz,
por isso, brilham...
emocionam...
energizam...

josemir(aolongo...)

que nada mais seja mistério...


Estou reescrevendo
minha história,
talvez agora,
o que ficou preso
às entranhas profundas
de minha memória,
consiga fazer-se vertente...

e rompidos os entrementes,
que nada mais
seja mistério.

josemir(aolongo...)

que traz o novo...


Nada em meus bolsos...
sou exercício de vida.
Leve, breve, solto.
Minhas janelas
abrem-se para o todo.
Não o todo qualquer,
mas sim aquele que traz o novo...

josemir(aolongo...)

aflorando em rompantes...

Uma maneira contundente de tentar...
lágrimas de labuta.
Um quebrar de forma abrupta,
toda a insensatez medrosa.

Ablaqueado, solto a voz...
seja em canto, em prosa.
Seja sob um manto azul,
vermelho, cor de rosa.
O que importa,
é que o salgar de minha face
tomada pelas lágrimas furtivas,
estabelece meu despertar.
Eu sou assim, e o ser assim sempre será.
O estar se fará predominar,
à medida em que o a verdade solta,
que fluirá de nossas bocas,
fizer-se presente em luz.
Assim como sóis...

Assim, como nossa vontade voante.
Aquela que desafia o instante
e faz aflorar em rompantes,
todo o refazimento dos sonhos.
Das esperas.
Das realizações.

josemir(aolongo...)

mar de minhas vontades....

Mar de minhas vontades...
força de querer que invade,
e ousada, dança pela pista de meu coração.
Desafio.
Visualizo o entorno.
Como resposta exposta,
vejo os meus sonhos plasmados.

Deixo que a sensação de viajar
pela alma de suas profundas questões,
carregue-me.
Abraço e descanso, 
no doirado remanso do seu corpo,
e deixo-me encantado, adormecer.
Absolutamente solto.
É assim que tem que ser.

Minhas querencias,
plenas da essencia intensa
de um amar sincero,
remontam-me ao extase.
Sou eu, a capturar versos
inscritos no complexo reino
de minha inspiração.
Sou eu, 
- de modo confesso -
que deixo à mostra tudo de meu
pelas linhas onde descrevo,
os meus mais agudos desejos.

josemir(aolongo...)

sábado, 10 de novembro de 2012

feito pássaros...


Nem sempre os destinos 
viajam pelos mesmos trilhos...
Andarilhos,
diferem-se por vezes
em simples detalhes...
se o amor alguma vez
entre eles se fêz,
ressonou...

Amor entre viajores
- de atos e pensamentos -
não pode ser definido 
como um simples momento.
Eterniza-se... pois que viajores,
não morrem.
Viajores procuram sempre
transformar as dores,
no simples ato de mudar.
Mudam de companheiro, de vida, 
de estrada, de trilhos...
Por isso estão sempre distantes,
mesmo seguindo o mesmo 
percurso...
Mesmo sendo passageiros
de uma mesma viagem...
Sem nunca se esquerem,
que se amaram... 
feito pássaros...

josemir(aolongo...)



sinto que ele busca... sinto que ele vai chegar...


Arraigado ao corpo do copo
inserido às minhas mãos trêmulas,
eis que meu pensamento deflagra
um inquieto desejo...
quem sabe um ensejo de ir?

Instigante, a minha crescente
vontade de me saber,arrasta-me...
alma e corpo.
Sei que não pertenço ao mundo
dos objetos soltos...
tampouco, incluso estou ao rol,
dos que caminham ao léu.
Se distante estou do céu,
bem longe posta-se de mim,
qualquer definição de inferno.

Pensativo...
eis que meu querer ativo,
processa-se.
Sinto que ele está
a procura.
Sinto que ele está
fugindo da camara escura...
sinto que ele quer estar
no iluminar.
Sinto que ele busca.
Sinto que ele vai chegar...

josemir(aolongo...)

ainda assim, não consigo...


Não consigo arrancar de mim,
as minhas verdades...
minha face arde...
meu olhar faz alarde.
Minha razão,
a mim se agrega.
Minha alma,
o meu corpo,
já não segrega.
Eles se amam...
unos,
confiam-me
o escolher do caminho...

Arbítrio livre...
mesmo assim,
não consigo arrancar de mim,
algumas verdades...

josemir(aolongo...)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

falsa ética...


O joio, o trigo...
os conluios, as rusgas, as intrigas.
O crepitar da base fraca das casas antigas,
onde a hipocrisia, solta se espargia.
A languidez das respostas
às perguntas incisivas.
As posturas primitivas.
Enfim,
o tudo, que deve ser separado, do todo.

As nossas pretensões.
A nossa austeridade.
O tom maior que nos toma,
e nos invade,
tem que ser abrigado
de forma mansa,
porém firme.

Eu digo isso,
forma poética,
pois que já me incomoda
essa tal de falsa ética.

josemir(aolongo...)

um coração aberto...


Passeio pelas noites,
e mesmo sem precisar de abrigos,
eu miro o que se faz antigo,
e elejo pra meu coração um canto amigo...
és minha dona, ah canção itinerante.
Outorgas ao meus pensares,
todos os cantares,
 possíveis e imagináveis.
Visagens de água azul,
canto de sereias, eis que o que me rodeia,
meneia deixando rastros na areia,
como a me orientar para o mar,
e nele, amar.

Dono de minha falas e falhas,
abstenho-me não dos erros,
o que seria impossível,
mas do que faz-se tangível,
e por ser facilmente acessível,
engana-me.
És minha dona, musa primadona,
que por vezes carrasca,
arranha-me a carcaça, e faz arruaça
em meus mais profundos pensamentos.
Perco-me de ti, em alguns momentos.
Aprofundo-me em meus ais...
estendo a mão para o alem mais.
Abro-me enfim,
pois que quanto mais sei de mim,
mais consigo postar-me bem perante às pessoas.

Minha proposta, faz-se exposta
e explicita em meus atos.
Minha querencia, leva-me à concretude,
afastando-me do abstrato.
Minha ansiedade, procura respostas...
eu, em verdade, sou um algo inquieto.
Um coração aberto.

josemri(aolongo...)

contatos...


Contatos, são parcelas minhas...
por vezes irrompem-se,
aflorando distratos.
Por vezes, acatam desacatos,
e no desencanto mergulham...

Contatos, são vontades minhas...
por vezes de alma.
Por vezes de corpos.
Mas são abrigos,
são por vezes sagrados carinhos,
que fazem renascer, os que como eu,
não conseguem viver sozinhos...

josemir(aolongo...)

vontades...


Vontade de compor...
externar minha alma.
Sem contemporizar... sem protelar.
Apenas entregar-me à melodia,
e à poesia, que por certo à ela,
se juntará.

Vontade de cantar...
voz suave, tom bonito.
Sem retratar o que se faz aflito,
e fazer-me ressonar
no que se faz modo contrito,
uma maneira de me enlevar.

Vontade de amar...
não o amor possessivo.
Nem aquele que passivo,
se alimenta de pensamentos nocivos.
Mas sim o amor,
que interage, que sobre nós age
de forma divinal,
assimilando do todo,
o que de fato, nos protege.

josemir(aolongo...)

romper e me refazer...


Rompi com minhas relações, que quando estremecidas,
arremetem-me ao mórbido estágio de inconsciencia
dorida...
não quero absterger-me em águas supostamente
cristalinas, tampouco tentar gerenciar o rumo de minhas
sinas, ou o que pra mim se vaticina.
Não quero despertar nos braços do amor, se eu não o
merecer. Se eu não estiver a fim de viver, sem asbruso,
ter que mergulhar nos reclames das consequencias do
sofrer.
Não desejo estar em paz de consciencia, se trouxe pra
mim a inconsequência dos meus atos errados, mal
vividos, desterrados
Naõ faz sentido protelar, protestar, se eu nunca fui, e
sequer resvalei o orbe do estar.
Um dado inconteste, faz-me ficar atento, se não te
mereço, se nunca sou verdadeiro e alterno feito o vento
como afirmas, tenho mais é que procurar outros rumos,
outras ruas, outras esquinas.
Tenho mais é que calar-me, e me reafirmar em vida, pois
que mentira consentida, é uma interminável ferida, que
se insere em nossas vidas, qual a inverdade das falsas
alegrias prometidas.

josemir(aolongo...)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

machucar corações...


Não se faz conveniente, esgueirar-se entre poentes,
e meneando feito serpente, trazer de forma demente,
uma já degenerada e desgastada semente.
Não se faz profícuo, alimentar outrens a dizer que fico,
quando na realidade, o que se faz verídico, é o desejo imenso de partir,
de abandonar, de machucar...

Não se faz humano, mentir de modo profano,
escondendo a face por trás de um pano,
inserido em destempero e desengano.

Não se faz verdadeiro, fazer do fascinio um ato primeiro,
pra depois abrasar e espargir modo inteiro,
um sentimento de prazer egoista, efemero e passageiro.

Não se faz bendito, deixar o dito pelo não dito,
quando o que mais se faz previsto,
é o abandono, que por certo deixa aflito,
quem se entregou a um amor, que julgava ser infinito.

Não se faz justo machucar corações...

josemir(aolongo...)

pra quem assiste...


atos....


meu rosto...


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

amor e verdadeiro...

O amor que sublima,
que cava, lava, ensina,
não cabe no sofrer pelo ciúme.

Nem tampouco exige
uma vigília, que não seja
somente o carinho solto
de quem se deseja,
de forma nua e crua.
Feito sol e lua.

O amor verdadeiro
não aprisiona.
Não agride, ou irrompe tormentos
em quem se dá por inteiro.
E nem deixa vir a tona,
quaisquer dúvidas,
que retirem a lucidez plena
de um sentimento,
que somente existe
porque faz crescer.

Sublimar-se,
eis o sinal vital.
Fazer-se amor pelo outro,
satisfazer primeiro,
o que deseja o parceiro,
no sentido cabal.

Amor verdadeiro,
é o respeito ao amor
de quem se ama.
Colocar-se escopo.
Cavar trincheiras.
Criar sensações de fascínio
onde o domínio
do ato faz-se sentir
pelo calor da pele,
antes do se tocar.

Amor que é amor,
não é absolutamente
viver um instante,
um momento.
Amor persistente,
que transcende,
é aquele que cuida,
que se faz de forma polida,
e que se eterniza,
pois o que se enraiza,
não faz conluio
apenas com segundos
de prazeres efêmeros,
que são rasos,
não atingem o profundo,
e por conseguinte,
não passam de extravazo
de carne sedenta,
apenas pelo sexo que se intenta
como regozijo da hora.

Amor que se preza
nem tem definição.
Pois que domina o corpo.
Abrange a alma
e se fixa no coração,
transferindo-se de forma diuturna
para os olhos e cérebros,
de onde as mensagens e visagens,
traduzem somente,
uma forma liberta e eterna,
de se querer...

Para sempre.
No todo.
No tudo.

josemir (ao longo...)


respostas impensadas...


Nem sempre mantenho-me calado. Por vezes, o que se aflora em minha mente, incita-me ao desabafo. Assim, nascem as respostas impensadas...

josemir(aolongo...)

eu me prometi a ti...


faço-me teu...


assumi-la...


domingo, 21 de outubro de 2012

pro fundo de mim...


A mão pesada da angústia
desaba sobre minha alma,
que calada, forma acirrada,
busca pela ardorosa calma,
perseguida e consagrada.

Tenho o amor.
Mas, por vezesa
vejo esvair-se entre os meus dedos.
a mansuetude da paz.
Talvez o somatório dos meus medos,
possam mesticizar essa minha languidez.

Sinto-me impelido a navegar
pelas águas da solidão...
talvez eu não me faça entender.
Talvez meu corpo só e calado,
prefira agarrar-se ao esquálido
fugindo do clarejar que me traz o viver.

Estou a clamar por compreensão...
inquieto, estou fadado a mergulhar
- modo convexo -
pro fundo de mim.

josemir(aolongo...)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

pelas vezes tantas...






Que Deus me perdoe
pelas vezes tantas,
nas quais, deixei aflorar
meus sentidos ais.
Pelas razões intrínsecas,
nas quais me apoiei,
pra justificar
minha mediocridade...
pelas vezes tantas,
em que me perdi
pela cidade,
à procura de mim...

josemir(aolongo...)




feito brisa sentinela...


Busco no silencio
do que me habita,
o que em mim faz-se
eco e ressona.
Busco na visagem ampla,
tudo o que abarca
e açambarca,
minhas vontades e afãs.
Rolaram liras e dias...
envelheci, mas não deixei
de ir e vir...
muito aprendi.
Tomei de volta
esse hábito.
O silencio, tornou a ser,
meu maior confidente.
Agora, calado,
sem ser inconsequente,
apenas observo...
por vezes as verdades
não viajam nos sorrisos
fartos de quem diz que ama...
por vezes, a verdade está
no cenho triste,
de quem de saudade arde.
São coisas que o vento traz.
Verdade absoluta,
que invade, sem fazer alarde.
Hoje apenas observo.
Feito ave guardiã.
Feito brisa sentinela.

josemir(aolongo...)

efeitos que hão de vir...


Não espero sair ileso
dos meus infernos.
Não me apraz,
sonhar em vão.
Trago trasgos de paz.
Trago inquebrantável visão.
Mas não espero sair
das minhas próprias armadilhas,
sem feridas ou arranhaduras.
Busco a paz das minhas
visagens mais puras,
mas sei que gravadas estão
todas as paisagens,
pelas quais viajei.
Delas jamais me desvencilharei.

Não faz sentido querer receber
o alívio do erro,
sem ter me esmerado pra atingir
os objetivos de acertar.
Sei bem que não estou
condenado ao desterro.
Sei que não devo fugir.
Sei que venha o que vier,
terei que me preparar pra aceitar.

Causas que defendi.
Efeitos que hão de vir.

josemir(aolongo...)

eu, e meu violino...


Vivo disso..
mergulho no som
de meu oceano solto,
e tento reproduzi-lo...
em tom maior.
Sei de cor,
o que a prior,
domina-me...
sons quaisquer,
são trilhas de sonhos.
são guizos, são sinos.
Amo com toda a força
de minha alma,
quando liberto estou...
eu e meu violino...

josemir(aolongo...)