que cava, lava, ensina,
não cabe no sofrer pelo ciúme.
Nem tampouco exige
uma vigília, que não seja
somente o carinho solto
de quem se deseja,
de forma nua e crua.
Feito sol e lua.
O amor verdadeiro
não aprisiona.
Não agride, ou irrompe tormentos
em quem se dá por inteiro.
E nem deixa vir a tona,
quaisquer dúvidas,
que retirem a lucidez plena
de um sentimento,
que somente existe
porque faz crescer.
Sublimar-se,
eis o sinal vital.
Fazer-se amor pelo outro,
satisfazer primeiro,
o que deseja o parceiro,
no sentido cabal.
Amor verdadeiro,
é o respeito ao amor
de quem se ama.
Colocar-se escopo.
Cavar trincheiras.
Criar sensações de fascínio
onde o domínio
do ato faz-se sentir
pelo calor da pele,
antes do se tocar.
Amor que é amor,
não é absolutamente
viver um instante,
um momento.
Amor persistente,
que transcende,
é aquele que cuida,
que se faz de forma polida,
e que se eterniza,
pois o que se enraiza,
não faz conluio
apenas com segundos
de prazeres efêmeros,
que são rasos,
não atingem o profundo,
e por conseguinte,
não passam de extravazo
de carne sedenta,
apenas pelo sexo que se intenta
como regozijo da hora.
Amor que se preza
nem tem definição.
Pois que domina o corpo.
Abrange a alma
e se fixa no coração,
transferindo-se de forma diuturna
para os olhos e cérebros,
de onde as mensagens e visagens,
traduzem somente,
uma forma liberta e eterna,
de se querer...
Para sempre.
No todo.
No tudo.
josemir (ao longo...)
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