quinta-feira, 18 de outubro de 2012

chegar ao céu...


Não discuto dores antigas.
Tampouco acirro sofreres
de antigas contendas e intrigas.
Trago apenas a anunciação.
A cantoria sentida
de uma etnia oprimida,
que aos poucos, começa a voar...
trago a semente andarilha,
que plantada sob o sol causticante,
- ao longo de várias trilhas -
traz no bojo, o desejo
de sempre renascer.
Não polemizo...
não me aprisiono aos martirios
dos sons sibilantes,
que marcaram minha pele.
Só ouço guizos...
só aporto em paraisos.

Hoje mais que mulher negra,
sou uma força viva, um modo de vida.
Uma maneira de ser,
que valoriza minha vontade de estar.
Estou mirando alhures...
eu já consigo divisar o lado de lá.
Já passei pelos infernos...
resta-me agora, chegar ao céu.

josemir(aolongo...)

2 comentários:

  1. Que maravilhoso poema.Lind....lindo!!

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  2. Grato demais pelo carinho do comentário, amiga Lucia!

    *Perdão pela demora da resposta.

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