quarta-feira, 25 de julho de 2012

uma poesia ainda não acabada...




Sou o somatório de tudo o que vivi...
da expectativa do que vou viver...
das alegrias e tristezas do que vivo.
Sou enfim, um viajor intransigente,
que de forma ardente
procura resgatar e ser resgatado.
Sou um verso rimado...
uma vontade cantada...
uma poesia ainda não acabada...

josemir(aolongo...)

terça-feira, 24 de julho de 2012

Agraciada...


seja qual fôr...


como se eu fosse o seu colo...




Sabe, hoje revendo o percurso dos meus percalços, cheguei a conclusão de que tudo o que foi feito surtiu efeito, à medida em que o todo tremeu... muita emoção desmedida. Muita atitude descabida. Muito pra nada. Nada pra muito. Enfim, todos os contrastes deixaram de ser trastes, e passaram a descrever fases...
Hoje, deliciei-me quando caminhando, pensei em tudo... pensei nela.
Tomara que ela também tenha se submetido a uma catarse, e tenha chegado a conclusão, que me ama.
Hoje o dia foi pródigo. Hoje o dia foi meu. Hoje o dia adentrou-se em meu interior, e deitou-se, como se eu fosse o seu colo...

josemir(aolongo...)

sei que muito luta me espera...


Por que sonhar sonhos vãos? Em verdade, o que seriam sonhos vãos? Aqueles que nos predestinam ao nada... ao aqueles que nos induzem a caminhar em estradas sem fim?
Esforço-me por não abalroar desejos outros. Dispo-me de qualquer vestígio abarbarado, e procuro mergulhar em águas mansas, de corredeiras calmas. Mas são rios... possuem curso infinito e igual...
Queria sim, sem estar abespinhado e atrelado às causas inócuas, não somente sonhar, mas sim, concluir meu intento de colocar-me sempre em movimento, buscando após intensas caminhadas, o merecido descanso à sombra de uma árvore. Não quero que pra mim, sonhos se tornem fenículas. Não quero abjurar meus ideais de natureza sublime, gerando meio caminhos, meias verdades, mentiras inteiras.
Talvez, se eu procurasse estar sempre desperto, esse deserto de intenções se dissipasse. Ou quem sabe, se eu lutasse feito bravo trabalhador desgarrado, eu conseguisse ablaquear-me, descobrindo novos caminhos?
Somente sei, que trago em mim sementes de ideais ainda vivos, latentes. Ainda trago em mim o bafejar suave das brisas, que acalentaram meus caminhos encantados durante um bom tempo, e mais ainda, sei que essas impressões jamais perecem.
Por que não procurar sonhar sonhos concretos? Viajar pelas visagens, que trazem-me algo concepto, e sempre lutar, nunca me deixar levar pelo canto quase imperceptível das criaturas soturnas da noite...
Disponho-me a efetuar as mudanças. Coloco-me afeito às várias nuanças, que bailam soltas entôrno, e vou ao encontro do que pode abendiçoar os meus quereres veementes.
Nesse caminho, que se descortina à minha frente, sei que muita luta me espera... não me atenho à esperança de guarida...
Queria estar acompanhado... mas sinceramente, nem sei...

josemir(aolongo...)

que ainda haja tempo...


Respiro
modo profundo...
versejo,
tento espargir
minhas poesias,
e libertando-me
de aleivosias,
calmo e sereno
peço.
Reforço minha rima.
Lapido meu verso.
Longe das impressões
doidivanas,
não quero impingir
em nossas atitudes,
intenções profanas.

Somente peço
ao anjo da paz,
que descerre as asas.
Acelero meus
movimentos.
Vivifico meus
intentos.
Vou tentar sublimar.
Esquecer as veleidades.
Entregar-me ao
suave vento.
Espero em fé,
que ainda haja tempo...

josemir(aolongo...)

jamais fales do amor...

Não... jamais fales do amor, se imersas em dúvidas vives.
Não... jamais fales do amor, se dúvidas te tomam o senso.
Não... jamais fales do amor, se em teus caminhos ditos livres
O que sobrevive modo amargo e intenso,
É uma sazonal forma de afeto... algo inconcepto
ainda cabalmente desconhecido... um enorme conceituar desconexo.

Não... jamais fales do amor, se jamais crês no sentimento alheio.
Não... jamais fales do amor, se ele não se dispõe, modo inteiro em seu seio.
Não... jamais fales do amor, se dizes que ele te faz mal,
quando te toca, modo profundo, o ciúme.
Não... jamais fales do amor, enquanto faças dele um desabono,
um sentimento qualquer, sem eira, beira, sem dono.
Não... jamais fales do amor, se sempre o acusas, o reprime.
Não... jamais fales do amor se não sabes amar, isso é crime.

josemir

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Caminhando pelas ruas de minha cidade, percebo-a triste, omissa... nem mesmo as crianças, brincam soltas nas ruas, como se fazia antes. Mas não me entristeço. Nada conseguirá denegrir e destruir as remembranças que carrego. Sei bem que muito do que vivi morreu, assim como muitas parcelas do meu eu. Mas o que vivo se faz, leva-me ao trevo dos meus sonhos dourados e encantados.
Enquanto caminho, renasço. Enquanto renasço, redesenho-me. Meu campo de visão amplia-se. Já consigo ver mais detalhadamente, tudo o que foi destruído e reduzido a escombros.
Mas não tem nada a ver... o que virá será sempre consagrado. O que foi feito, alegre me fêz. O que será feito, por certo, muita gente alegrará.
São os percalços da vida, nos quais a gente se trava... se estanca.
Mas enquanto puder, caminharei. Eis aí o segredo de manter-me inserido no grande acervo de uma história, que se fez totalmente do labutar dos homens de Bem.

josemir(aolongo...)

vontade dos homens...

Eu nem sabia que as mazelas
Criam-se nas seqüelas,
Das questões mal resolvidas.
Eu nem sabia que esse meu ir e vir,
Tem origem no que bom e ruim, vi.

Eu jamais poderia imaginar
Que sobre a terra que piso
Já possa ter existido um paraíso,
Que certamente foi sucumbido
Pela vontade dos homens...

josemir(aolongo...)


somente meus...


Nem sei realmente
se os dias passaram por mim,
ou se parei...
nem sei realmente
se as noites fizeram-se sem fim,
ou se escureci.
Do que eu sei restaram apenas segredos,
e eles são somente meus...

josemir (ao longo...)

vivendo o dia a dia...


Nada prometo... nada quero além de postar-me
diante dos meus próprios atos,
redesenhar todos os fatos
e ficar, firme sem olhar de soslaio,
a enfrentar se preciso, contendas.

Até admito,
que não me entendas e estendas
de uma forma equivocada,
tudo o que de forma aclarada,
eu expuser...

Não sou uma criança qualquer...
não sou um sonho, ou mera fantasia.
Sou em verdade uma criatura,
vivendo com ansiedade forte e pura,
tudo aquilo que existe e habita o dia a dia...

josemir(aolongo...)

em genero, número e grau... (ou pra ti Dedéia...)


Pensei em deixar pra ti,
todos os meus versos, rimas e reversos.
Todo esse imenso ir e vir
de emoções, que nos abarca...
mas refleti... melhor estar em ti.
Melhor acariciar-te feito obra de arte,
e depois dormir em teu colo
feito os meninos cansados,
quando chegam famintos
das brincadeiras de roda...
do pique esconde...
do todo por onde
passeia o encantamento.

Decidi deixar-me levar pela
fluidez do teu corpo solto.
Fingir-me de morto,
só pra ganhar teus beijos.
Confessar que te amo,
no hoje, quiçá, no sempre.
Ser todo teu, pra seres toda minha.
Decidi outrossim,
lavrar em ata, no coração
toda essa minha intenção.
Decidi que devo entregar-te meu eu,
pra que a todo instante te sintas,
em genero, número e grau...

josemir(aolongo...)

*PRA TI DEDÉIA...

viajando alhures... bem lá do que se conceitua distante...
vivendo em paz... sem ais... nos remansos dos rios...
no sossego dos quintais...

josemir (aolongo...)

O percurso dos meus dias...


Não quero ter em meu silêncio,
a dorida dor esquiva,
que se esparge modo intenso.
Não quero revalidar meus sofreres.
Quero mais é poder resistir à fascinação
dos pseudos dizeres,
e clarejar os meus quereres...
deixá-los imersos em cabal alvura.

Não quero ter que telefonar a esmo.
Nem quero ter sobre meus sentires
a dominação dos vários ensejos,
aqueles que habitam meus vários desejos,
alguns deles, perdidos pelo que eclode por aí.

Não quero definir sentenças.
Tampouco fugir do que lírico,
me ablui...
quero mesmo é poder caminhar
de modo agudo.
Saber do Todo o tudo...
e imerso em euforia,
poder traçar o percurso dos meus dias...

josemir(aolongo...)

De preferencia, só...


Se queres festa,
procure um alguém
que embale os teus
sonhos combalidos...
não fujas.
Não busque as adagas
afiadas,
que em suas mão
cintilam.
Não queiras promiscuir
puras fadas,
tampouco obstruas ruas
e calçadas.
Se queres festa,
solta essa pérfida
personalidade já manifesta,
e morras...
de preferência, só...

josemir(aolongo...)

Eis que se aproxima o dia...

Eis bem próximo o dia
da canibalização...
pobres coitados de caráter
por certo irão se arrastar,
pedintes...
os eternos servis,
que tecem a teia
pra seus donos.
Inconceptos donos...
criaturas amigas
dos lucros.
Cumpliciadas com
tramóias e danos...

Eis que se aproxima
o tão festejado dia
da farra dos mentirosos.
Eis que se aproxima
o depauperado dia,
em que tantos e tantos
trazendo a tira colo
seus direitos civis
acorrentar-se-ão,
como se a vida lhes estivesse
por um triz,
a mendigar apoio.
O dia da vergonha...
o dia em que "artistas vendidos"
mostram-se...
e infectam...

josemir(aolongo...)

tatuada em meu pensamento...

Até parece que voei...
Creio ter chegado a esse estágio,
o dia, o tempo, não sei.
Vestígios ficaram latentes
em meu ser.
Uma profunda vontade
de ser e estar.
Um afã imenso,
de no amanhã intenso,
eu poder mergulhar.
Até parece que voei...
quando e onde pousei,
nem sei...
mas ainda sinto o vento
rociando minha face.
Ainda sinto-me em movimento...
essa sensação ficou como que tatuada
em meu pensamento...

josemir(aolongo...)

domingo, 22 de julho de 2012

O que haverá de ficar...


A magia torna-se
atemporal,
justamente quando
desafia...
muda o dia.
A arte faz-se manhã
no momento em que as mãos
da artesãs,
libertam-se e voam.

Corpo e alma soltos,
eis que aos poucos,
o Belo cresce...
o que em verdade
desaparece,
é o medo de criar.
Eis o que encanta.
Eis o que pra sempre
haverá de ficar.

josemir(aolongo...)

Volta Redonda...


Volta Redonda... cidade do aço. Cidade do palhaço, que insere-se aos costumes de um povo manso, e escraviza. Uma terra construída pelos arigós, que hoje vivem numa conturbada dança. Já combalidos, sem identidade, sem herança. Volta Redonda, beija-me!
Abraça-me e acolha-me, mas não se deixe dominar pelo medo, não se entregue ao degredo dos usurpadores.
O ir e vir dos operários, já não ressona forte.
Uma cidade de dois... um sindicato voraz inserido na avidez de também amealhar ganhos...
Uma cidade dividida entre um prefeito maquiador e um estrangeiro tirano.
Trabalhadores servis, despertar urge!
Volta Redonda... ah, Volta Redonda...

josemir(aolongo...)







Alguns, conduzidos pela vontade extrema de escrever, produzem colagens,tornam-se outros, e acabam por inserirem-se no imenso e sorumbático corredor dos que copiam. Pecadores? Acredito que não... uma minoria, tenta recolher dessa atitude, dividendos. Eu, sinceramente, faço-me andarilho... de quando em vez observo intenções escancaradas de pessoas deslumbradas querendo colocar-se em posição notória, utilizando-se dessas parcas artimanhas... fico deveras consternado, pois os versos, as rimas, sempre estão longe delas. Questão de lógica... uma evidencia forte de justiça...
Poesia não se compra... muito menos se copia...


josemir(aolongo...)

Um enorme motivo pra estar...

O cais...
minha paz.
O almejar
que minhas
Histórias,
Possam vingar.
Um mar...

Sempre um
mar.
Um descortinar
Do ser.
Um enorme
motivo
pra estar...

josemir(aolongo...)

Na verdade, eu sou assim...



Na verdade
Minhas vontades
Estão retidas
Nos pensamentos
Que a todo momento
Dão vazão a alegrias

Ou tormentos.
No fundo,
O que se faz profundo
É o que dorido
Pode fazer-se abrolhar
Em mim...
Sou assim..


josemir(aolongo...)

Pessoas não podem mensurar de forma exagerada, qualquer possível ganho. O universo abluído e ablaqueado de nossas mentes, é um indicativo maior de que a soberba infantil e mal posta, acaba tomando-nos de roldão, levando-nos ao ridículo.
Não podemos confundir "coisinhas", com causas nobres.

josemir(aolongo...)