quarta-feira, 24 de outubro de 2012

falsa ética...


O joio, o trigo...
os conluios, as rusgas, as intrigas.
O crepitar da base fraca das casas antigas,
onde a hipocrisia, solta se espargia.
A languidez das respostas
às perguntas incisivas.
As posturas primitivas.
Enfim,
o tudo, que deve ser separado, do todo.

As nossas pretensões.
A nossa austeridade.
O tom maior que nos toma,
e nos invade,
tem que ser abrigado
de forma mansa,
porém firme.

Eu digo isso,
forma poética,
pois que já me incomoda
essa tal de falsa ética.

josemir(aolongo...)

um coração aberto...


Passeio pelas noites,
e mesmo sem precisar de abrigos,
eu miro o que se faz antigo,
e elejo pra meu coração um canto amigo...
és minha dona, ah canção itinerante.
Outorgas ao meus pensares,
todos os cantares,
 possíveis e imagináveis.
Visagens de água azul,
canto de sereias, eis que o que me rodeia,
meneia deixando rastros na areia,
como a me orientar para o mar,
e nele, amar.

Dono de minha falas e falhas,
abstenho-me não dos erros,
o que seria impossível,
mas do que faz-se tangível,
e por ser facilmente acessível,
engana-me.
És minha dona, musa primadona,
que por vezes carrasca,
arranha-me a carcaça, e faz arruaça
em meus mais profundos pensamentos.
Perco-me de ti, em alguns momentos.
Aprofundo-me em meus ais...
estendo a mão para o alem mais.
Abro-me enfim,
pois que quanto mais sei de mim,
mais consigo postar-me bem perante às pessoas.

Minha proposta, faz-se exposta
e explicita em meus atos.
Minha querencia, leva-me à concretude,
afastando-me do abstrato.
Minha ansiedade, procura respostas...
eu, em verdade, sou um algo inquieto.
Um coração aberto.

josemri(aolongo...)

contatos...


Contatos, são parcelas minhas...
por vezes irrompem-se,
aflorando distratos.
Por vezes, acatam desacatos,
e no desencanto mergulham...

Contatos, são vontades minhas...
por vezes de alma.
Por vezes de corpos.
Mas são abrigos,
são por vezes sagrados carinhos,
que fazem renascer, os que como eu,
não conseguem viver sozinhos...

josemir(aolongo...)

vontades...


Vontade de compor...
externar minha alma.
Sem contemporizar... sem protelar.
Apenas entregar-me à melodia,
e à poesia, que por certo à ela,
se juntará.

Vontade de cantar...
voz suave, tom bonito.
Sem retratar o que se faz aflito,
e fazer-me ressonar
no que se faz modo contrito,
uma maneira de me enlevar.

Vontade de amar...
não o amor possessivo.
Nem aquele que passivo,
se alimenta de pensamentos nocivos.
Mas sim o amor,
que interage, que sobre nós age
de forma divinal,
assimilando do todo,
o que de fato, nos protege.

josemir(aolongo...)

romper e me refazer...


Rompi com minhas relações, que quando estremecidas,
arremetem-me ao mórbido estágio de inconsciencia
dorida...
não quero absterger-me em águas supostamente
cristalinas, tampouco tentar gerenciar o rumo de minhas
sinas, ou o que pra mim se vaticina.
Não quero despertar nos braços do amor, se eu não o
merecer. Se eu não estiver a fim de viver, sem asbruso,
ter que mergulhar nos reclames das consequencias do
sofrer.
Não desejo estar em paz de consciencia, se trouxe pra
mim a inconsequência dos meus atos errados, mal
vividos, desterrados
Naõ faz sentido protelar, protestar, se eu nunca fui, e
sequer resvalei o orbe do estar.
Um dado inconteste, faz-me ficar atento, se não te
mereço, se nunca sou verdadeiro e alterno feito o vento
como afirmas, tenho mais é que procurar outros rumos,
outras ruas, outras esquinas.
Tenho mais é que calar-me, e me reafirmar em vida, pois
que mentira consentida, é uma interminável ferida, que
se insere em nossas vidas, qual a inverdade das falsas
alegrias prometidas.

josemir(aolongo...)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

machucar corações...


Não se faz conveniente, esgueirar-se entre poentes,
e meneando feito serpente, trazer de forma demente,
uma já degenerada e desgastada semente.
Não se faz profícuo, alimentar outrens a dizer que fico,
quando na realidade, o que se faz verídico, é o desejo imenso de partir,
de abandonar, de machucar...

Não se faz humano, mentir de modo profano,
escondendo a face por trás de um pano,
inserido em destempero e desengano.

Não se faz verdadeiro, fazer do fascinio um ato primeiro,
pra depois abrasar e espargir modo inteiro,
um sentimento de prazer egoista, efemero e passageiro.

Não se faz bendito, deixar o dito pelo não dito,
quando o que mais se faz previsto,
é o abandono, que por certo deixa aflito,
quem se entregou a um amor, que julgava ser infinito.

Não se faz justo machucar corações...

josemir(aolongo...)

pra quem assiste...


atos....


meu rosto...


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

amor e verdadeiro...

O amor que sublima,
que cava, lava, ensina,
não cabe no sofrer pelo ciúme.

Nem tampouco exige
uma vigília, que não seja
somente o carinho solto
de quem se deseja,
de forma nua e crua.
Feito sol e lua.

O amor verdadeiro
não aprisiona.
Não agride, ou irrompe tormentos
em quem se dá por inteiro.
E nem deixa vir a tona,
quaisquer dúvidas,
que retirem a lucidez plena
de um sentimento,
que somente existe
porque faz crescer.

Sublimar-se,
eis o sinal vital.
Fazer-se amor pelo outro,
satisfazer primeiro,
o que deseja o parceiro,
no sentido cabal.

Amor verdadeiro,
é o respeito ao amor
de quem se ama.
Colocar-se escopo.
Cavar trincheiras.
Criar sensações de fascínio
onde o domínio
do ato faz-se sentir
pelo calor da pele,
antes do se tocar.

Amor que é amor,
não é absolutamente
viver um instante,
um momento.
Amor persistente,
que transcende,
é aquele que cuida,
que se faz de forma polida,
e que se eterniza,
pois o que se enraiza,
não faz conluio
apenas com segundos
de prazeres efêmeros,
que são rasos,
não atingem o profundo,
e por conseguinte,
não passam de extravazo
de carne sedenta,
apenas pelo sexo que se intenta
como regozijo da hora.

Amor que se preza
nem tem definição.
Pois que domina o corpo.
Abrange a alma
e se fixa no coração,
transferindo-se de forma diuturna
para os olhos e cérebros,
de onde as mensagens e visagens,
traduzem somente,
uma forma liberta e eterna,
de se querer...

Para sempre.
No todo.
No tudo.

josemir (ao longo...)


respostas impensadas...


Nem sempre mantenho-me calado. Por vezes, o que se aflora em minha mente, incita-me ao desabafo. Assim, nascem as respostas impensadas...

josemir(aolongo...)

eu me prometi a ti...


faço-me teu...


assumi-la...


domingo, 21 de outubro de 2012

pro fundo de mim...


A mão pesada da angústia
desaba sobre minha alma,
que calada, forma acirrada,
busca pela ardorosa calma,
perseguida e consagrada.

Tenho o amor.
Mas, por vezesa
vejo esvair-se entre os meus dedos.
a mansuetude da paz.
Talvez o somatório dos meus medos,
possam mesticizar essa minha languidez.

Sinto-me impelido a navegar
pelas águas da solidão...
talvez eu não me faça entender.
Talvez meu corpo só e calado,
prefira agarrar-se ao esquálido
fugindo do clarejar que me traz o viver.

Estou a clamar por compreensão...
inquieto, estou fadado a mergulhar
- modo convexo -
pro fundo de mim.

josemir(aolongo...)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

pelas vezes tantas...






Que Deus me perdoe
pelas vezes tantas,
nas quais, deixei aflorar
meus sentidos ais.
Pelas razões intrínsecas,
nas quais me apoiei,
pra justificar
minha mediocridade...
pelas vezes tantas,
em que me perdi
pela cidade,
à procura de mim...

josemir(aolongo...)




feito brisa sentinela...


Busco no silencio
do que me habita,
o que em mim faz-se
eco e ressona.
Busco na visagem ampla,
tudo o que abarca
e açambarca,
minhas vontades e afãs.
Rolaram liras e dias...
envelheci, mas não deixei
de ir e vir...
muito aprendi.
Tomei de volta
esse hábito.
O silencio, tornou a ser,
meu maior confidente.
Agora, calado,
sem ser inconsequente,
apenas observo...
por vezes as verdades
não viajam nos sorrisos
fartos de quem diz que ama...
por vezes, a verdade está
no cenho triste,
de quem de saudade arde.
São coisas que o vento traz.
Verdade absoluta,
que invade, sem fazer alarde.
Hoje apenas observo.
Feito ave guardiã.
Feito brisa sentinela.

josemir(aolongo...)

efeitos que hão de vir...


Não espero sair ileso
dos meus infernos.
Não me apraz,
sonhar em vão.
Trago trasgos de paz.
Trago inquebrantável visão.
Mas não espero sair
das minhas próprias armadilhas,
sem feridas ou arranhaduras.
Busco a paz das minhas
visagens mais puras,
mas sei que gravadas estão
todas as paisagens,
pelas quais viajei.
Delas jamais me desvencilharei.

Não faz sentido querer receber
o alívio do erro,
sem ter me esmerado pra atingir
os objetivos de acertar.
Sei bem que não estou
condenado ao desterro.
Sei que não devo fugir.
Sei que venha o que vier,
terei que me preparar pra aceitar.

Causas que defendi.
Efeitos que hão de vir.

josemir(aolongo...)

eu, e meu violino...


Vivo disso..
mergulho no som
de meu oceano solto,
e tento reproduzi-lo...
em tom maior.
Sei de cor,
o que a prior,
domina-me...
sons quaisquer,
são trilhas de sonhos.
são guizos, são sinos.
Amo com toda a força
de minha alma,
quando liberto estou...
eu e meu violino...

josemir(aolongo...)

o que habita em meus sonhos...


Sobre a mesa,
a relevante presença
dos livros...
elementos ativos.
Agentes sobremaneira vivos,
que nos outorgam a possibilidade
de abrirmo-nos para o mundo,
modo profundo.
Em minha mente,
a vontade imensa de um dia,
- através da poesia, do canto,
  da melodia -
poder estar solto a voar
sobre o céu acinzentado da hipocrisia,
totalmente inserido na alegria
de poder espargir
o que habita em meus sonhos...

josemir(aolongo...)

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

sentidas emoções...


O real... frio e insólito,
desafiando os aveludados sonhos.
Gosto de inserir-me
no orbe do que realmente
posso sentir, tocar...
faz-me bem.
Sou poeta,
de porta e alma abertas,
rimo em versos,
todo o sentido real de minha vida.
Gosto de sentir a frieza verdadeira,
do que de mim se acerca...
eis de onde brota a inspiração.
Eis de onde,
faço-me um contador de causos.
Eis de onde,
torno públicas,
todas as minhas sentidas emoções.

josemir(aolongo...)

chegar ao céu...


Não discuto dores antigas.
Tampouco acirro sofreres
de antigas contendas e intrigas.
Trago apenas a anunciação.
A cantoria sentida
de uma etnia oprimida,
que aos poucos, começa a voar...
trago a semente andarilha,
que plantada sob o sol causticante,
- ao longo de várias trilhas -
traz no bojo, o desejo
de sempre renascer.
Não polemizo...
não me aprisiono aos martirios
dos sons sibilantes,
que marcaram minha pele.
Só ouço guizos...
só aporto em paraisos.

Hoje mais que mulher negra,
sou uma força viva, um modo de vida.
Uma maneira de ser,
que valoriza minha vontade de estar.
Estou mirando alhures...
eu já consigo divisar o lado de lá.
Já passei pelos infernos...
resta-me agora, chegar ao céu.

josemir(aolongo...)

solidão...


Solidão...
faz-nos vagar alhures.
Nada nos promete,
a não ser silencio.
A contra nada nos arremete,
apenas deixa-nos a sós
com a decisão.
Não nos induz,
e via de regra,
deixa-nos a sós
com o nascer ou o por dos sóis.
Nada nos impõe.
Sorrateira nos abarca.
Muitas vezes nos inspira.
Muitas vezes nos entristece.
Mas fato cabal:
dá-nos a liberdade do arbítrio.
Não nos introduz em nenhum rito.
Não nos oferece sofrer finito.
Ela apenas existe em nós..
ela apenas mostra os nossos nós...

josemir(aolongo...)

retratar o belo...


Retratar o belo
é revelar o singelo,
em seu mais alto grau
de compreensão.
É fazer do encantado,
um habitante do coração.
É aninhar a esperança,
como se bailarinos fossemos
a bailar pelo que nos traz a dança,
no limiar do que se faz divinal.

Retratar o belo,
é arribar nossos
mais puros sentimentos.
É banir os tormentos.
É assegurar o direito
de chegar e partir.
É bradar para o amor:
" Ei, estou aqui"!!!

josemir(aolongo...)

quem sabe?



Vidas repetem-se
em constante ir e vir...
em verdade, aqui já arde,
a mudança de nossas faces.
Tento penetrar no âmago
do que se solidifica,
e algo me diz: fica!
Pois o que o ficar mais um pouco,
talvez siginifique que nossa mente
torne-se mais solta,
e permita-nos partir
sabendo-nos mais...
quem sabe?

josemir(aolongo...)

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

meu interior...





Eu nem sabia da imensidão
das águas...
não poderia jamais benzer-me
pra poder me refazer das mágoas,
se não me dispusesse a viajar
pelo meu interior...

josemir(aolongo...)

quereres do meu eu...


Eu diria que meus caminhos
são intensamente belos.
Folhas... sementes... frutos,
e troncos, que belos e brutos,
intrinsecos se fazem às folhas,
que voam em bailar de outono.

São escadas, cujos degraus,
fazem-se abrigos de flores caídas
após o prazer de quando coloridas,
proporcionar vida às vidas...

Eu diria que meus caminhos,
são estradas admiravelmente belas...
são magias... aquarelas...
querencias minhas e dela.

Eu diria que meus caminhos,
são as moradas de meus segredos.
São as preces,
que sossegam os meus medos.
São as chaves,
que abrem as portas do meu degredo.
São todos os quereres de meu eu...

josemir(aolongo...)

eu, o cime...


Enquanto etéreo,
eu, fluído...
enquanto sólido,
eu, lúdico...
enquanto arfante
agarrado ao instante,
eu, indagação.
Enquanto arraste,
seta direta e certeira,
eu, sem coração.

No não definir
de minha face
eu, a mutação.
O desenlace, o fragmento.
Enquanto imerso em lamento
sou preso ao momento,
que mais me define.
Ao conseguir encontrar-me,
eu, o cime...

josemir(aolongo...)

os mentirosos, seus ais, e seus nós...


Nada do que recitas,
convence-me.
És mentira...
aos mentirosos
a atenção dos seus iguais.
Aos poetas,
o carinho na forma mais
pura e completa.

Nada do que encenas,
- sob forma de rimas e versos -
à arte se aplica...
o poeta, esse sim,
- forma infinita -
exala a riqueza da rima,
sempre aberta e explicita...

que os caminhos
se abram pois...
aos poetas,
a estrada dos sóis.
Aos mentirosos,
a trilha enodoada
dos seus ais e nós...

josemir(aolongo...)

o querer existir...


Sobe e desce dos trilhos...
exatamente o ritmo da vida.
O que cresce e falece nela.
Os sonhos, confundem-se.
A inspiração agarra-se ao verde,
e o encantado flui...
assim como a nuvem clara
baila livre,
na imensidão do céu azul.

Sobe e desce dos trilhos.
Pinto os meus quadros.
Das igrejas, observo os adros,
e uma grande concentração de ais...
aqueles que não vemos.
Mas sentimos, percebemos.

Sobe e desce dos trilhos...
minha maneira de ser.
Meu objetivo de viver.
De me fazer fluir, prosseguir.
Uma intensa e inquieta
vontade de me levar pelas
subidas, descidas, curvas e retas.
Um querer irreversível de existir.

josemir(aolongo...)

eis a lei...



O olhar viaja alhures...
ligames da imensurabilidade.
Eternidade.
Vento...
eterna cristalinidade,
que transparece, dando vida...
balanceio de roupas nos quintais.
Azonzados, meus sentidos,
querem mergulhar no mais
Céu de chegar ao mar.
Mar de chegar ao infinito.
Um eternizar bendito.
Um saber convicto,
de sabermo-nos em meio a isso,
parcelas ínfimas...
por vezes, meros agentes complicadores.
Abrigos de dores.

A proximidade do cognoscível

aflora-se através do que se faz tangível
essência de beleza...
pura beleza...

Uma ânsia enorme

de estar com os nossos.
Um objetivo mor
de estar com todos.
Amar-nos...
eis a lei.

josemir(aolongo...)




nesse nosso pequeno mundo...


Um instante mágico.
A pausa entre o enlevar-se
através do vôo,
e o apaziguar dos pensamentos.
Novos fomentos...

Em tudo a cor.
O fruto esperado,
o amor.
O desejo buscado,
beijos e abraços aprofundados
num enlaçar eternizado...

As cores.
O tronco.
O querer
que não se submete.
O amor...
não o qualquer,
mas sim o verdadeiro.
O quadro natural,
que traduz de forma divinal
a essência do querer-se.
Não o querer artificial,
mas o querer profundo...
que não cabe nesse nosso
pequeno mundo...

josemir(aolongo...)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

ondas em mim...


Rochas...
segredos vindos em ondas.
Remanso...
praia serena, pedras.
Nesse momento
choro e penso,
no todo que me envolve
e me insere em espinhoso
tormento.
Queria enfim,
que todas as ondas
rebentassem em mim,
pra que eu pudesse aliviar
minhas dificuldades...
meus percursos interrompidos.
Meus pensares mal resolvidos.
Os espinhos que se aprofundaram
em mim...

josemir(aolongo...)

Algo além... mirante do bem...


Viajar pelos escritos...
osso... pele... carne... sangue.
Um fluir de vida.
Um querer efervescente.
Algo luzente,
como uma plataforma
estelar.
Algo mais mágico,
que um sussurrar enigmático
advindo de uma saudade
indefinida.
Algo além...
mirante do bem.
Mora em mim.

josemir(aolongo...)

vidas e vontades infindas...



Nossas partidas...
vidas.
nossas chegadas...
valências,
por vezes doridas,
mas são buscas.
Infinitas contendas.
Algo que em nós
se eterniza,
em consonância à alma,
que nos habita.
Algo que se faz fluir
em nossas vontades,
e em nós grita!

josemir(aolongo...)

pausar...


Pausar...
intercalar meus motivos elos,
e a distância surda entre os meus hiatos.
Pausar,
como notas de acordes de uma melodia.
Buscar em mim a sinfonia,
e forma absoluta e certa,
definir-me...
seja sob a benção da noite.
Seja sob o clarejar do dia...

josemir(aolongo...)

leitura do olhar...


O silêncio...
imagens soltas.
ais de dor e esperança.
Onde estarão os rastros?
Respirar ofegante...
um ar de sorriso.
Nesse momento é preciso
ater-se aos sons
de imaginários guizos.
O entender tangencia o longe.
Faz-se mais presente e plena,
a leitura do olhar.

josemir(aolongo...)

sincronia...


Sincronia...
o voar no dia
arrancando do âmago,
os segredos...
tantos os meus,
como os teus.
Sincronia...
mirar alhures,
destino quase a vista.
Momento no qual,
vicejam os gerares
de promessas...
instante pelos quais
choro,
à beça...

josemir(aolongo...)

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

parede do tempo...




Talvez tanto labor
tenha me deixado
entregue ao que em mim,
se aflorou...
tudo se passou rapidamente,
feito folha, pó e vento,
e minha mente, por vontade própria,
ficou amalgamada
à parede  do tempo...

josemir(aolongo...)

agonia intrusa...


Já nem me preocupo
com as mentiras...
elas são tão esgarçadas,
que além de não valerem nada,
enodoam...
se as pessoas dizem-me algo,
ouço, feito fidalgo.
Mas procuro de imediato,
saber-me excluido do do fato,
pois que crer pelo não crer
ao contrário de aumentar meu viver,
rouba-me vida...

Desacreditei-me das declarações vãs,
que espocam todas as manhãs
de bocas avidamente destorcidas.
Já deixei de acreditar em juras de amor.
Procurarei agora, circunspecto,
fazer-me aberto...
crer mais no que de roldão me enreda.
Saber mais das pessoas, que por euforia,
minimizam o gostar em hora qualquer,
de qualquer dia...

No que me resta e me faz juz,
procurarei a partir de agora,
viver sob a força da luz.
Ela me protegerá dessas criaturas abstrusas,
que projetam-se na vida da gente,
feito parasitas... feito agonia doentia e intrusa...

josemir(aolongo...)

rebentações...


O ato de dissimular e mentir, está diretamente relacionado ao ato de não se ter capacidade para amar.

josemir(aolongo...)


*São situações, que constroem o nosso entorno. Vivemos inseridos e chafuradados, nesse esquálido e rijo meio termo. Falta-nos a coragem dos poetas bardos. Dos amantes ousados.

Por isso, sofremos muito. Desgastamo-nos, mesmo que presos às pedras estejamos, como corais, enfrentando o impacto de contínuas rebentações.


vontade infinita de seguir...






Suave é o meu navegar...
encantamento de sagração.
Limpidez de pureza circunscrita
na magia da água, que clara,
reflete a minha vontade infinita
de seguir...

josemir(aolongo...)

"normalidade" plural...


Criar celeumas...
deixar que os contornos
da personalidade,
queiram superar sempre
as outras opiniões...
os outros planos.
Fácil brigar...
difícil é conviver.
Vejo os cães, e os invejo.
Vejo os pássaros, envergonho-me,
Existe uma distancia enorme,
entre nós e eles.
Criar razões para enaltecer
o orgulho,
é bem mais fácil...
difícil é ter que andar pelas ruas,
sabendo que existem pessoas
desejando-me sempre o mal.
Eis aí, o que se faz anormal,
dentro da "normalidade" plural...
que se fazpropriedade gritante
do carater dos seres humanos...

josemir(aolongo...)

contando sempre com meus verdadeiros amigos...

O Facebook, no agora, nada mais é do que uma faca extremamente cortante. Nele deixo minhas poesias, e de quando em vez, quem sabe, talvez, por lá eu me manifeste. Afinal de contas, a arte de poetar, liga-se também às nossas questões mais íntimas. Às nossas verdades. Eu gosto e acredito em tudo o que escrevo. Continuarei a trilhar por esses caminhos, pois que a mim, não cabe e nem se faz permitido, cortar a essência. Procurarei continuar, mirando luzes. Sorvendo a inspiração cristalina e transparente, daqueles que vêem, da forma que sou: simplesmente um aspirante a ser poeta. Ou alguém que escreve... mostrando-se. O que se faz sobrar, é justamente aquilo que se faz sobrar, em qualquer ser humano. Todos nós carregamos nossas provas. Todos nós precisamos inserir de forma incondicional, num modo de viver, que nos proporcione a ventura da evolução espiritual. Portanto, aqui, nesse blog estarei, contando sempre com os meus verdadeiros amigos.

ficarei feliz...

Meu blog, onde estarei e permanecerei. Aos amigos que quiserem visitar-me, ficarei feliz...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

tudo se confessa presente...


Na dança, o bote.
No respirar fundo, o fascínio.
No todo, o dote.
Adoro ver a dança espargir-se.
Revencio a bailarina,
que enfeita sua sina
de forma tão mágica.

De soslaio, feito cão de guarda,
miro a personalidade bem declarada
daqueles que dominam suas vidas
através da dança sagrada...

Ao caminhar pelas ruas,
sinto que todas as impressões
tornam-se frias e cruas.
Sinto que os melindres soltam-se...
sinto que os deslizes não abortam-se...
tudo fica às claras,
de forma rara e cara.
Tudo se confessa presente.
A gente sente...

josemir(aolongo...)

um enorme e colorido palhaço...




Enquanto me agito, aflito,
no afã de no amanhã
poder estar colado a ti,
tu, de mim ris...
como se eu fosse
um enorme e colorido
palhaço,
a bailar insano
pelo picadeiro
de seu circo...

josemir(aolongo...)

com certeza, conseguirá...


Vivo de visagens
plenas de luminância.
Meu esteio é sólido.
Meu corpo,
talvez até consigam
lanhar.
Mas minha alma,
essa, alhures está.
Inoculo-me
ao ato puro de
Bem Querer.
Sinto que em meu ser,
viobram as notas
das melodias mais ricas.
Por mais que eu esteja
caminhando e abeirando
nódoas,
tudo o que meu coração
deseja e enseja,
ele, tenho certeza,
conseguirá.

josemir(aolongo...)

que o tempo resolva...


Não me cabe o forcejar.
Calo-me ante o que desejo,
mas não inclino-me escravizado
aos quereres que por acaso,
queiram me impor.
Nada disso, faz parte do amor.

Não vou fazer estardalhaço.
Não vou reclamar de nada.
Fecho os meus olhos,
e imagino visagens de passaros livres,
porém embasados em voo de rumo certo.
Deixo que pensem sobre mim,
o que quiserem.
Fiz-me assim ao começar a compreender
a razão desarrazoada do pensar inconcepto.

No mais deixo o fogão aceso...
guardo meu sentimento semi preso
Mas deixo que o tempo resolva,
o que de mim será...

josemir(aolongo...)

enquanto a musica estiver no ar....


Eu fico,
feito o dito e o não dito,
mas ainda acredito
na beleza das canções.
Eu rolo água sobre as pedras,
não lavo o que me segredas,
nem desagrego corações.

Eu  canto pois que o canto
me enleva,
e me leva o Porto
onde as pessoas também
cantam felizes demais.
E quero te assistiir cantando,
pois sei que estarei dançando,
einquanto a música estiver no ar...

josemir(aolongo...)


O pensar resigna...






O pensar resigna.
Traz-nos o refazer da sina.
Nos ensina, e vaticina
um algo bem maior,
que a prior,
sabemos de cor,
pois que viver
de forma alegrada,
faz-se o nosso destiino...

josemir(aolongo...)

que a alma realmente sente...


Pintar...
forma de arte,
que nos faz ficar enlevados,
enquanto os sonhos traçados em mente,
vão tomando forma, naturalmente,
retratando as coisas da gente.
Aquilo que nossa alma realmente sente.

josemiraolongo...)

somos lgo além do mais...





Manifestar o sentimento maior,
através dn sol, mi, dó...
crescem nossos corações.
Surgem as belas canções.
Sobrevoamo-nos.
Somos mais que um...
somos algo além do mais.
Somos doiradas parcelas de paz.

josemir(aolongo...)

valendo a pena, lutar sempre...


Quero dizer pra mim mesmo,
que toda essa liberdade me pertence...
a certeza que ela viaja em minha mente,
não desliza por momentos inconsequentes,
neles, ela se faz consistente,
e por ela,
vale a pena lutar sempre.

josemir(aolongo...)

lapidar...






Eu sou ate
um ser mais que
compreensivo.
Perdão.
Eis o que devo trabalhar.
Eis o que devo em mim,
cada vez mais e mais,
lapidar...

josemir(aolongo...)

abandonadas, sozinhas...


O amor conduz-nos à liberdade...
o consenso, deve seu usado
para enlevar nossos pensamentos.
Mas, as pessoas, que sem humildade,
qurerem destruir de forma cega,
os caminhos desse real sentimento
geralmente terminam maceradas,
absoluta e cabalmente, abandonadas,
e sozinhas...

josemir(aolongo...)

lapidação...


















Eu sou um um ser até
por demais, compreensivo.
Perdoo.
Eis o que devo trabalhar.
Eis o que devo,
cada vez mais e mais,
lapidar em mim...

joemir(aolongo...)




segunda-feira, 8 de outubro de 2012

e se eu te levasse comigo?





E se eu voasse,
percorrendo todas
as trilhas,
que Deus me deu?
E se eu me desgarrasse
do tempo,
caindo no instante seguinte,
feito o que pra mim
nunca se prometeu?
E se eu te levasse comigo?

josemir(aolongo...)

de nada eu fosse capaz...


Dizes que me amas,
porém me agrides,
e consola-me,
justificando ser essa
a sua maneira de ser.

Dizes ser minha,
mas na maioria das vezes
estás sozinha,
a desdodrar-te por caminhos,
que não são meus...

Não me falas dos teus segredos...
me afliges com teus medos.

Dizes que me amas,
que por mim fazes
em dobro,
tudo o que o me trouxer
leveza e paz...
dizes que me amas,
mas duvidas de mim
e aflita reclamas,
por tudo e de tudo.
Como se eu não te amasse
em momento algum.
Como se eu jamais,
pra ti, de qualquer ato de prazer,
fosse capaz...

josemir(aolongo...)