quarta-feira, 24 de outubro de 2012

um coração aberto...


Passeio pelas noites,
e mesmo sem precisar de abrigos,
eu miro o que se faz antigo,
e elejo pra meu coração um canto amigo...
és minha dona, ah canção itinerante.
Outorgas ao meus pensares,
todos os cantares,
 possíveis e imagináveis.
Visagens de água azul,
canto de sereias, eis que o que me rodeia,
meneia deixando rastros na areia,
como a me orientar para o mar,
e nele, amar.

Dono de minha falas e falhas,
abstenho-me não dos erros,
o que seria impossível,
mas do que faz-se tangível,
e por ser facilmente acessível,
engana-me.
És minha dona, musa primadona,
que por vezes carrasca,
arranha-me a carcaça, e faz arruaça
em meus mais profundos pensamentos.
Perco-me de ti, em alguns momentos.
Aprofundo-me em meus ais...
estendo a mão para o alem mais.
Abro-me enfim,
pois que quanto mais sei de mim,
mais consigo postar-me bem perante às pessoas.

Minha proposta, faz-se exposta
e explicita em meus atos.
Minha querencia, leva-me à concretude,
afastando-me do abstrato.
Minha ansiedade, procura respostas...
eu, em verdade, sou um algo inquieto.
Um coração aberto.

josemri(aolongo...)

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