sábado, 29 de setembro de 2012

hoje, eu tenho voce...



Já não passeio a esmo pelas noites...
é que as promessas fizeram-se às avessas,
e perderam-se inseridas ao sereno.
Completo-me, pois que tenho em quem pensar.
Feliz sorrio...
minha vida já não está por um fio.
Aliás, a bem da verdade, nunca esteve.
Mas já me vi imerso em profunda agonia.
Chutei portas, expus imagens tortas,
enfim, comprometi-me.

Hoje já vivo sazonalmente
em uma área da mente,
que descansa e zela pelo seu conforto.

Leio os mesmos jornais.
Não paro no tempo.
Viajo pelos entrementes dos momentos.
Mas, já não vivo de lamentos.

Outorguei-me a liberdade da crença.
Fiz-me um bardo poeta,
preenchi todas as linhas antes desertas
do meu dileto querer.
Hoje, eu tenho prazer.
Hoje, eu tenho voce!

josemir(aolongo...)

o amor me alimenta...


Frio intenso...
lufadas de vento,
que quais lâminas
cortam minha pele,
rociando minhas entranhas.
Meu senso...
quereres do pensamento,
que quais chamas,
propagam-se céleres
pra além do que conheço.

Sorriso sempre aberto
posto que um desgosto
jamais fará de meu coração
um habitat deserto.
Deixo de lado o que de incerto
possa trazer-me abaladuras,
e às coisas e causas puras,
entrego-me, pleno de emoção.

O amor me alimenta.
O amore em mim fomenta,
a sede pela sorte mais desejada.
O amor me alenta.
O amor me apascenta,
e leva-me ao encontro da imagem sonhada.

josemir(aolongo...)

simplificando o amor...


Feliz... muito feliz por ter entendido.
Sabe, o amor por vezes se faz dorido,
sentido, reprimido...
mas são fases...
fundamentais essas passagens,
para que possamos retirar das visagens,
tudo o que de divino traz esse sentimento.

O amor é belo...
como o assoviar livremente pelas ruas.
Como a simplicidade que sopra o nosso rosto,
através da mansuetude da brisa.

Vê?
Meus versos e rimas, são pra voce.
Sente?
Minha querencia mais bela e sublime,
tem em seus braços, o seu pontal, seu cime.

Como é bom,
quando a gente consegue simplificar o amor...
como é bom...

josemir(aolongo...)

de encontro à vida...


Armando o bote.
Enchenco o pote.
Sagrado líquido,
que alimenta
meu corpo fluídico.

Serpente colorida,
que companha-me pela estrada.
És mansa, és vida.
Denota toda a força...
sagrada força,
que me libera vida.
Oh vida.
Que abarca meus quereres.
Eu sou,
uma grande parcela de amor.
Eu sou,
uma vontade exposta,
que se posta à beira
dos jardins,
onde mora a flor do meu sustento.
Onde mora a cor,
de minhas ânsias e intentos.

Caminhando vou.
Feito passageiro do vento.
Feito personagem do tempo,
ah, caminhando vou...
de encontro à vida!

josemir(aolongo...)

nascente...


















Nascente...
lampejos de vida eterna,
no que de colorido se aflora.
Vida adentro, vida afora...
notas musicais, que pós vôo,
pousam em meus sonhos.
Minha glória.
Eis que a alegria arrebata-me.
Mereço.
Afinal minha questionada história,
arremete-me sempre ao começo.
Renasço sempre.

Nascente...
fiel e luzente sensação de ser
dono do todo.
Raça, força, denodo.
Meu sorriso.
Minhas melodias,
que inseridas aos dias
trazem-me as cores das flores.

Nascente...
intento vivo, que me renova e inova.
Força que impede que eu resista,
à vontade insolente de me repetir.
Um oásis de visagens,
que orna minhas viagens.
Nascente que me faz
eterno viajor...

josemir(aolongo...)

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Éden...

Quando a alma se liberta,
entrega-se à dança...
há sempre uma festa sensata, pacata,
cheia de amor.
Quando a alma fica leve,
ela insere-se ao novo, à esperança,
num bailar eterno,
que zomba da dor.
Que enleva o amor.
Quando a gente sente no corpo,
que a alma feliz está,
um novo caminho se abre.
E no aflorar das emoções,
os corações plenos
de sentir o que de bom lhes invade,
sorriem feito os versos e as rimas
de argentada e alvissareira poesia.
Pura e clarejada luz do dia.

E nessa festa,
tudo corre suave, sem pressa.
Nada de mal interessa.
Todos passam a saber de si.
E seguem para um só destino.
Todos se socorrem,
e uníssonos cantam...
como se estivessem inseridos
em um só hino.

Éden...
pura luz do Éden.
Rasgos de poetares.
Puros avatares.
Iluminados sonhares.
É mesmo assim...

josemir(aolongo...)



terça-feira, 25 de setembro de 2012

nessa visão tão bela...




Não me arrependo de nada que fiz...
e nem me preocupo com o que haverei de fazer.
O meu destino por certo, é ser feliz,
disso eu sei, disso eu sei, podes crer.
Não me estremecem os temores.
Nem os risos hipócritas, que vestem os falsos amores.
Somente me basta saber que o aroma das flores,
de forma encantada, irá me proteger.
Não quero saber das juras, que jamais vingaram.
Nem quero saber dos que fugiram acovardados.
Das moças mentirosas e dos moços fracassados.
Eu quero mais é ver da minha janela,
a sagrada e divina figura dela.
E me perder de amor, nessa visão tão bela.

josemir(aolongo...)

tranco a porta...






Eu penetro forma veemente em meu mundo...
sou um sonho mais que profundo.
Sou um alguém privilegiado,
que nunca se fez de rogado.
Agradeço a companhia do todo,
mesmo que por momentos eu não tenha gostado
de alguém, sei lá quem... isso pouco me importa...
no mais, pra o que não me trouxer paz,
eu solenemente tranco a porta...

josemir(aolongo...)

do porquê de ganhar mais um inimigo(a)...


Insiro-me e atrelo-me
às minhas verdades mais íntimas.
Nesse momento, proveitoso se faz,
repensar-me.
Meu intento é reencontrar-me
com a paz.
Se triste, se alegre, tanto faz.

Quero à vera, tentar entender,
do porquê de ganhar mais um inimigo(a)...
qual a razão de tão doridas contendas?
Será que os animais livres,
que acompanham-me pelas estradas
por onde caminho, estranham-me?
Eles, livres.
Eu, preso.

Tento arrancar de minha solidão
algo a mim, afeito.
Tento buscar proveito.
Tento repetir meus feitos.
E, como não poderia deixar de ser,
mergulho-me na lei de causa e efeito...

Mas deixa estar...
agora, resta-me dormir e sonhar.
Amanhã, ao despertar,
quem sabe eu me encontre renascido?

josemir(aolongo...)


bizarra...


O sonho talvez seja um ponto,
que livre, circula a vontade nos céus,
mares, solos e rios de nossas vidas...
nunca se faz "persona" desconhecida,
ao contrário, conhece-nos a fundo.
Sabe muito do nosso mundo.
Quando na cumplicidade da penumbra,
componho minhas canções,
são eles os elementos, que se plasmam,
e rememoram minhas histórias...
voam, dançam, cantam, são mágicos.
No sentido prático,
nós é que em sonhos nos tornamos.
 
No deslizar de meus lamentos,
quando feito em silêncio,
eu sei que quem os leva para um outro estágio,
são os sonhos, associados ao vento,
que perspassam o tempo
podendo trazer-nos mansuetude ou desespero.
 
Enquanto pelos ares, azares,
lembranças, sortes,
conversas,
esquinas, avenidas e bares,
os pensares silenciam-se, evitando contendas,
ao dormirmos, eis que os sonhos as pluraliza.
Não pra fazer algazarra,
mas sim para lembrar-nos, que em solo tão rico,
o quanto - quase sempre –,
nossa presença é ridícula e bizarra...
 
josemir(aolongo...)
 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

pessoa errada...


Concebo todos os meus erros,
que na realidade sempre foram grotescos.
O bar da esquina, já mostra-se aceso.
Lá, os iguais e todos os demais,
estarão a sufocar suas dores.
Por certo falarão de amores.
De tristezas, comoções, alegrias, emoções.
Por certo comprarão belas flores.
Talvez quem sabe, possam abrir seus corações?

Passo rente e reto...
não me vejo mais a comentar
coisas minhas.
Prefiro manter a lisura, e calado ficar...
sempre a caminhar... sempre a caminhar...

Acender um cigarro, não me apetece.
Louco pra chegar a um ponto qualquer,
onde o que der e vier,
veste-se mais de talvez.

É que preciso ser, para estar.
É que preciso tentar apagar as nódoas,
que se fixaram feito mágoas,
enquanto eu escrevia poesias inspiradas,
para a pessoa errada...

josemir(aolongo...)

estranhos caminhos...


Não procuro o calabouço,
para os que me antejulgam...
canto agora uma preciosa canção,
que embala os meus sonhos oníricos.
O que me importa, é perspassar a anteporta
de um jeito leve, lírico.
Um café... ah, um café.
Desperta-me!
Preciso antes de lavar os pés,
saber-me ungido.
Saber-me estar com o corpo abluido.

Sério...
não procuro minimizar minhas culpas.
As atitudes tomadas são minhas, são adultas.
Busco interagir com meus fantasmas...
mas tenho noção, que meus piores inimigos,
alimentam-se de meus carinhos mais sinceros.

De um jeito ou outro,
busco através do verso solto,
adejar...
busco, mesmo ziguezagueante,
seguir adiante...
mesmo que as decepções insistam
em estar no meus intantes,
como se fossem pragas...
como fossem afiadas adagas.
Mesmo assim,
para os que me antejulgam
e se fartam com os meus carinhos,
eu desejo sorte,
para que possam seguir
pelos seus estranhos caminhos...

josemir(aolongo...)

"supostamente liberto"...


Como se caminhando para o etéreo
estivesse...
um contato um retrato, um fato,
que se perde pelos hiatos.
Pela falta de testemunhos e hiatos.
Um povo sofrido?
Creio que não...
são almas, que se adiantaram.
Uma etnia que sobe pelos degraus do amor.

Um povo macerado que no dia,
perdeu-se em meio a dor de ser violentado,
mas mantém-se fiel aos seus principios.
Um povo que ainda guarda resquícios
mas que não deseja vingança,
apenas jamais se esquece...

Um povo que cresce e evolui,
que segue trilhas por eles descobertas
desde á época em que pelas florestas,
desbravaram o futuro...

Um povo, que continua a sofrer em carne.
Um continente dizimado, roubado, escravizado.
Uma força onde a definição de vida, ganha nexo.
Um povo hoje quieto, honesto, de certa forma respeitado.
Mas sempre observador, sentinela, à espreita...
mesmo estando "supostamente" liberto...

josemir(aolongo...)

domingo, 23 de setembro de 2012

caridade da língua...


Estranho esse modo coletivo de pensar...
uns, preocupam-se tanto com os outros,
que até os pensamentos,
que deveriam estar livres, ilesos e soltos,
assumem-se inexoravelmente,  prisioneiros.

Mas, deixa estar.
Um dia, o Pai Maior Fica Cheio,
e Manda às favas esse povo falador.
Vou morrer de rir.
Vai ser uma zanga enorme.
Vai ser uma baita explosão!
Ao mesmo tempo,
- em havendo esse momento -
muitos voltarão à razão...
após o estrondo, dos escombros,
- tenho absoluta certeza -
outras criaturas bem mais cuidadosas, surgirão.

Aí sim, terá chegado de forma intensa o tempo,
em que a caridade da língua
ganhará enorme espaço e infinita dimensão.

josemir(aolongo...)

eu viajor, continuo por aí...


Destemido.
Um somatório de quereres.
Um rosário de definições,
que alojadas em minhas emoções
tornam-me mais que um suposto poeta.
Tornam-me algo assim, digamos,
meio que sem fim.
Como a chuva, a curva,
a estrada...
a partida, a chegada.

Ei, continuo a sorrir...
eis que habito o sorriso.
Sou tal como eles,
um ser inserido neles.
Aliás, devo dizer,
que quanto mais me machuco,
mais me fortaleço.
Eu nasci, tenho certeza,
para ser o que eu mereço.

Ei, continuo a ser...
jamais deixarei que intempéries
desatem ou desabriguem,
minhas puras e infinitas pretensões.
Sem essas de senões...
ei, eu viajor, continuo por aí...

josemir(aolongo...)

muito mais que um mero sopro de existir...


Canto... gosto de cantar.
Enfeito-me aos domingos,
eis minha sina...
desde de pequenino...
menino de rua
a prosear pelas esquinas.
Sou amor, sabia?
Não me deixo desfazer
à revelia.
Sou muito mais que uma
simples parcela de simpatia.
Sou o que sou.
Um imenso rosário de crer.
Um ser sempre pronto
pra partir,
quando o limite
entre sonho e realidade,
se faz eclodir.

Canto... gosto demais de cantar.
Poeto... gosto demais de poetar.
Sorrio... gosto demais de sorrir.
E no mais, estou aqui, aí, ali..
sou muito mais que um mero
sopro de existir.

josemir(aolongo...)

o que de mais valioso tiver...



Penetrei com avidez em tuas entranhas,
as quais julguei serem minhas.
Confessei-te feito pecador esquálido e inconformado,
todos os meus pecados.
Acreditei em ti, como um cão fiel,
e acabei por mergulhar num amaro gosto de nada...
um nada coberto por um mentiroso véu...

Dei-me feito um contador de histórias,
daqueles que ainda habitam as esquinas.
Desvendei-te minhas sinas.
Rabisquei minhas impressões mais pequeninas,
e acabei por ser devorado
pelo teu lado, para o mal inclinado,
que jogou-me ao léu...

Acreditei em ti,
feito reza que cura.
Abandonei-me,
pra deixar-te formosa e pura.
E eis-me aqui,
a conviver e ter que existir.
A aceitar que a ilusão nada mais é
que aquilo que se apresenta faceira,
a me sorrir,
sempre disposta a roubar dos meus versos,
o que de mais valioso tiver.


josemir(aolongo...)

enquanto...


Enquanto a vida viaja defronte à minha cara,
e a minha poesia desfila minha querencia mais cara.
Meu querer não se cala...
Enquanto ironizo o riso que se esparge em minha janela,
e bobo me apego às mentiras dela,
o ladrar dos cães, silencia minha fala...

Enquanto me desnudo feito bicho no cio,
e me lanço ao encontro do vento frio.
Minha impressão nunca falha...
Enquanto me iludo afeito ao nicho arredio,
e avanço cegamente rumo ao leito do rio,
minha desilusão se espalha...

Enquanto penso que tenho o dominio do medo.
E a todo custo, tento guardar meus segredos,
enquanto busco livrar-me desse nojento degredo,
sinto que a verdade se empalha...
Enquanto busco nos versos meus dizeres mais puros.
E enfrento minha covardia, desprezando o escuro,
olhando com olhos marejados o que virá no futuro,
eu sinto que cortam meus passos, feito navalha...


josemir(aolongo...)


sábado, 22 de setembro de 2012

falar como os sentimentos...





Não quero mais saber de provas...
tampouco quero viver inserido em comparações.
Não quero saber de ser medido,
detalhe por detalhe.
Quero mais é que meu coração fale,
assim como falam os sentimentos sublimes...

josemir(aolongo...)


gosto das canções que se impõem...

Gosto das canções, com as quais a gente pode conversar... quando elas dizem... quando elas perspassam nosso calado corpo...

entrando em balanço, pra poder não fechar...


Ainda meneio pelos acordes das farpas.
Busco caminhos de além mais.
Feliz de alma, como se nos déssemos,
sem cinismo, sem destemperos nefastos...

As razões de minha corporalidade,
ainda obedecem as emoções de minha alma.
O desmorrer é um sinal da fé que me invade.
Vivo no afã de abluir-me nas corredeiras da calma.

Fico estupefato, escordado.
Sinto que a falta de harmonia,
a ausência da melodia,
faz-nos baixar a sintonia
e de quando em vez parece,
sem querer tirar os méritos dos animais,
que estamos no agora, vivendo como irracionais.
Falo de modo irrestrito,
Concebendo as evidências, os fatos.

Pessoas ligadas às fonices,
imensidão de entulhos,
recanto de tolices,
mandam-nos calar.
Como se nós, seres divinais,
fossemos desatrelados do todo,
sem ligames quaisquer ao etéreo...
Cansa-me ter que assistir abichornado as abjeções.
Às hipóteses desprovidas de razões,
e num forçoso abnuir,
abolir meus desejos e poetares.
Isso não existe...
a isso, meu senso resiste.

Tenho que me fazer ablaquear...
realmente tenho de dar um tempo.
Entrar em balanço, para não fechar...


josemir (ao longo...)

domingo, 16 de setembro de 2012

vida volátil...


Nem sou...
quisera ser.
Abstratamente,
procuro ser coerente.
Deixo o meu verso
rolar...
ele é simples.
Talvez sequer
rocie o orbe das
imaginações
nobres...
o que eu quero
mesmo,
é  soltar-me
a esmo.
Feito minha rima.
Feito minha estrofe.

No mais,
abstenho-me
de materializar-me.
Prefiro continuar
minha vida volátil.
Feito gás.
Feito paz.

josemir(aolongo...)

latidos pobres, em horário nobre...


O vislumbrar do todo
- não como uma mera simbologia -
anda distante...
são conceitos vagos,
baseados em falas ultrapassadas.
São meras favas já contadas...

Ah ideologia que despojava
os corpos do orgulho nefasto
da soberbia!
Onde andas?

Envoltos pelos tentáculos
dos pseudos doutos,
eis-nos presos,
envolvidos pela ilusão de estarmos soltos...

Não vejo um futuro coerente,
para o que se anuncia.
Por isso amo poesia.

Por falar nisso,
além dos latidos dos cães
- animais que vivem nas ruas -
eis que surgem outros,
saltitantes, nefastos, demagogos,
inseridos nas telinhas.
Latidos pobres,
postos ao vivo,
em horário nobre...


josemir(aolongo...)

covas rasas...


As covas são rasas.
Os pássaros descansam as asas,
e a tarde amaina-se.
As faces, repetem o mesmo sorriso,
os cães espantam-se
com o som dos guisos,
que atrelados aos beirais
das portas, ressonam.

Não consigo trazer comigo
a força de poder detalhar,
o que no hoje, possa fazer-se abrigo.

As covas rasas,
não conseguem mais ocultar
os milhares de corpos.
As falas libertaram as palavras,
mas os livros fajutos,
novamente as aprisionaram.

Triste sina...

josemir(aolongo...)

sábado, 15 de setembro de 2012

única e primeira...


Não minto,
os meus melhores momentos
são os que passo em ti.
São aqueles que me enlevam
e minhas emoções os levam,
bem para o centro de mim.

Pensá-los, refaz-me.
Amar-te, inspira-me.

Nesse transpirar de emoções revoltas
por onde viajam minhas querencias soltas,
todo o percurso faz-se rima e verso,
pois que és abrangente feito luz do dia...
és uma imensa poesia.

Espero que saibamos inserir-nos
nesse mundo farto...
quero muito estar contigo de fato,
sem rusgas, desavenças,
sem o repugnante falsear dos atos.

Quero-te inteira,
assim como uma verdade única e primeira.

josemir(aolongo...)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

caminho das flores...


Não me isento de culpas,
tampouco desejo a castidade dos santos.
Prefiro andar pelas ruas e encarar as faces.
Prefiro ser-me, a ser um entre tantos.
Ah quando vejo-me em ti...
é como se minha alma se fizesse deliciar
com a postura encantada do corpo.
É como se meus pensares corressem a solto,
e feito elos, constituissem uma corrente
cabalmente plena de amor.
Prefiro-me coerente.
Abstenho-me dos inconscientes devaneios,
e torno-me um amigo dos meus anseios,
pois que sem eles, nada ficará,
nem rastros, nem marcas de meneios,
muito menos, perspectivas de caminhar.

Prefiro penetrar em nossa casa.
Oro pra Deus pra que estejamos sempre juntos.
Busco em ti a luz, não a sagrada,
mas aquela que me livrará das adagas
e me conduzirá ao caminho das flores.

josemir(aolongo...)

eterno mutante...

Sóis...
são brilhares.
Aquecem...
são os objetivos
dos mirares,
que buscam a infinitude.

Corações...
são caminhos.
São trilhas e ninhos.
São colos.

Os espinhos,
nem são acúleos.
A dor,
já nem é tão imensa.
Meu sonho,
Por não ser herege,
por ser intenso,
aclara o meu crer imenso,
e faz calar-me...

Coisas da vida.
E se nela vivo,
preciso adaptar-me.
Eterno mutante...

josemir(aolongo...)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

o não admitir culpas...




Não me adianta coloquiar
com os rasgos e arroubos,
de meu parar pra pensar...
minha cama, convida-me pra pensar,
espreguiçado, feito um animal cansado,
que pensa agora duas vezes, antes de rosnar.

Os motivos, os livros, os pensamentos, e...
os erros!
Eis aí uma lei que jamais muda,
os erros e suas consequências.
As causas nervosas, que geram efeitos sem coerencia.
As ruas, que já envoltas em penumbras,
já se arrefecem.
As várias maneiras de prostrar-se,
que subitamente proliferam e aparecem.

Nós e nossas manias sem sincronia,
que se fazem pré históricas, mas não jazem.
Nós e nosso afã de querer,
mas que nunca mergulhamos de fato e fé, num viver
de forma justa, assumido e bem dividido.

Aprofundarmo-nos nas palavras,
assemelha-nos ao pastores e padres...
o dom da oratória é relativamente fácil.
Viver nossos desejos na alma,
é o que se faz dificil...
é que teimosos, não nos humildamos.
É que renitentes, ainda ficamos a discutir,
quem é quem nas atitudes toscas...
é que não admitimos culpas e as transferimos.
Como se somente o próximo errasse...

josemir(aolongo...)


terça-feira, 11 de setembro de 2012

sem diluir mágoas, não há como construir amor...


Existem além das emoções frias,
neuras, que contumazes, são capazes
de mudar o rumo dos nossos dias.
O que faço e repasso...
o que minha inspiração traz,
é uma necessidade imensa
de jamais olhar pra trás,
e seguir viagem...

O que lanhará minha alma,
e fará do meu corpo um casulo dorido,
naturalmente será esquecido.

O que não posso é ficar atrelado
a algo que já se anuncia malfadado...
inteira e cabalmente fracassado.

O discernimento,
em nossos mais importantes momentos
precisa encorpar-se.
Se não não podemos diluir mágoas,
como seremos capazes de construir amor?

josemir(aolongo...)

um alerta, pra eu prosseguir sozinho......


Meus dissabores trazem o gosto amaro
do pó, que torna os meus olhos vesgos.
Mas, longe dos sofismas, os dias
crescem sem heresia,
de um modo além de livre,
totalmente ablaqueados.
Vislumbro uma face que se forma.
Insiro-me no grande acervo
de nosso imenso folclore...

Uma face faz-se existir...
algo que dita à minha consciência
um alerta, pra eu solitário, prosseguir.

Um rociar nos orbes,
onde a estrela que sobe
é a mesma que um dia
vi cair...

Algo se agita.
Algo vai curar minha alma aflita.
Algo vai perspassar a dificuldade finita,
fixar-se como semente,
que depois, de forma profícua,
far-se-á crescer...

josemir(aolongo...)

uma razão maior de existir...



Vale dizer, que nossos olhares
há muito tempo, miravam a mesma direção.
Esse jeito mesclado de querer,
não poderia ter "somente acontecido",
e fato consumado e consumido,
um basta...

Vale dizer que demos a cara pra bater.
vale dizer que nossas diferenças
são mais que intensas,
mas o que em nós vibra igual
faz-se adimensional.

Vale dizer que aconteça o que acontecer,
nós construímos uma história.
Nossos caminhares, nossas tardes,
onde fomos cabalmente envolvidos
pelas emoções de um bom filme.
Nossos quereres firmes.
Nosso objetivo de atingir o cime,
fêz-se ressonar...
depende de nós agora,
fazer com que isso se solidifique.
Depende apenas dos dois...
nada nos impede, assim como nada nos força.
Nada pode ser deixado pra depois.
Tudo o que se faz resolvido, nos reforça.
Vale dizer que não se faz apenas coincidência
esse mesmo olhar, que com frequência,
postou-se sempre em direção
à uma razão maior de existir...

josemir(aolongo...)

acredite quem quiser...


Na inspiração de um poeta,
habita um universo inteiro.
Ler e analisar?
Árduo e temeroso sacrifício.
O poeta não quer deixar resquícios,
pois que sincero, exprime o seu sentimento,
no exato instante, no cerne do momento,
que se aflora crescente, o que ele sente.

Ah... quantas dúvidas...
sentado aqui, em meu quarto,
presumo convicto que minha inspiração
viaje intensamente, e sempre realize sempre um novo parto.
O poeta vive com intensidade,
os momentos todos, em todas as suas vertentes,
a somar verdades inteiras, jamais mentiras, ou metades.

Tentar entender por vezes,
o que se oculta nas rimas e versos
de uma poesia,
é o mesmo que tentar desvendar do dia,
os bilhões de segredos que ele guarda.
É o mesmo que querer abrigar
toda a tristeza do mundo,
e transformá-la em felicidade.
É sofrer horrores, sem fazer alarde.

O poeta, mesmo que seja odiado,
é uma criatura que procura ser pura.
Um ser que tem o dom da verdade.
Um ser humano, como outro qualquer,
que erra, que acerta...
sempre disposto a acatar o que der e vier.
Eis aí o destino, de quem se entrega a poetar.
Ele pode ser amado, e pode em maior escala,
ser odiado... acredite quem quiser...

josemir(aolongo...)

para crescermos em alma...







Nem muito nem pouco,
apenas o necessário...
apenas o que me diz respeito.
"Bom dia, vizinha!"
Isso é bom exercitar...
o alô pra quem está encarregado
pela limpeza de nosso prédio.
O espantar o tédio.
Não existe melhor remédio,
para crescermos em alma.

josemir(aolongo...)

vale a pena viver...


Grato pelos momentos, nos quais,
errei de forma grotesca.
Agora, abrigado pelo despertar,
e pós caminhar, sob a brisa suave e fresca,
consigo imaginar-me crescente...
consigo ver-me de forma coerente,
e bem mais equilibrado, consciente.
As cores parecem mais inseridas nas flores.
As dores e rancores, parecem, uniram-se,
e postergaram-me uma trégua,
que normalmente, e via de regra,
não se faz existir, em meu ir e vir.

Que eu consiga congregar essa força natural,
e voar por aí...
feito pássaro alegre, feito colibri,
feito a lenda do saci, enfim,
feito tudo aquilo que se faz paz em mim
e contribui para que eu caminhe tranquilo,
feito um bom homem, bom parceiro, bom filho.

Que eu possa convergir pelas entranhas da convergencia,
e calmamentem, sem urgencia,
eu venha paulatinamente conquistando com leniência,
a mansuetude do que verte da paciencia,
virtude que nos aproxima do Bem Querer.
Vale a pena viver!

josemir(aolongo...)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

minha vida, enfim...






Uma parada, um abrigo...
um olhar meio que antigo.
Um pedido de guarida,
algumas brigas, cantigas.
Uns tantos outros causos e casos.
Um amor pelas flores,
uma plena ojeriza às dores.

Um botequim,
algo solto, tipo assim,
uma liberdade voante.
Mulheres e homens falantes,
e principalmente um pedaço de mim.

Meu cão me segue.
Meu caminhar breve,
em verdade não sugere proteção.
Uma pausa na banca,
de revistas, tantas listas, e jornais...
uma pretensão de ir além,
muito além do bem mais.

Um olhar de soslaio.
Um caminhar meio que malandro,
um se manifestar sem meandros.
Minha vida, enfim.

josemir(aolongo..._)

como os que amam em alma...


Paradas, parênteses. paisagens...
entre as pedras, o que me segredas,
eterniza-se no silêncio áspero
daquilo que solidamente se impõe.

Procuro minha forma natural de ser.
Vamos convir, que esse ir e vir,
por vezes, deixa-nos meio que jogados
a caminhar pelas ruas e calçadas.
Nos letreiros, os sinais primeiros
de que estamos açambarcados pelo querer.
Não aquele querer, que somente traz o fútil prazer.
Não o querer qualquer, que a prior esboça-se
no ato impueril dos sonhadores vãos...
Mas um querer de maior idade.
Um querer fiel, qual aquele que leva
os aficionados cristãos a buscar celebrar sua fé
em sintonia, mergulhados na energia de seus templos.
Um querer que perspasse o tempo,
e não somente atravesse avenidas,
ou tampouco apenas cruze quaisquer esquinas...

Quanto mais puder lançar-me à água cristalina
do viajar, e através da cristalinidade,
fazer-me plenamente acessível e transparente,
mais e mais me farei coerente...
mais e mais, me tornarei confiante...
mais e mais, estarei incluso no que na gente,
aflora-se feito o luzir de uma obra prima...
feito um sinal...
feito o que vem de cima, de forma divina,
e penetra-nos, permitindo-nos seguir a sina,
que por certo, nos trará ao fim da caminhada
uma maneira bem mais acentuada e equilibrada
de amar, como os que amam em alma...

josemir(aolongo...)

uma sublime questão de saber ceder.




Por maior que seja a minha necessidade de amar,
meus quereres e desejos, não podem ser anulados.
Por amor, eu não preciso ficar confinado...
esse sentimento maior, não admite isso.
Por amor, eu não devo aceitar viver monitorado,
esse sentimento, em seu conceito mor, está longe disso.

No agora, escutando Nana,
vou desmembrando os fios emaranhados
dos meus pensamentos...
nada como uma bela voz.
Nada como uma bela música
para reforçar o discernir,
entre o amar e o possuir.

Deixo rolar pelos meus declives internos
todo os sinais de animosidade.
Não consigo observar bem as cores da cidade...
mas consigo fazer valer na minha mente, a verdade.
Não posso me inserir em infernos.
Tampouco, quero criar momentos tensos,
em meus motivos externos.

Por enquanto, o que me resta fazer,
é sorver um café, e procurar me reaprender.
Buscar a velha e antiga forma de amar.
Procurando buscar o exato lugar,
onde minha companheira gosta de estar.
Mas, de leve, forma breve, mostrar a ela,
que também mereço deveras,
viver minha vida, mesmo vivendo a vida dela...
questão de saber ceder.

josemir(aolongo...)

domingo, 9 de setembro de 2012

e outro destino, rapidamente busquei...


Apenas recostei-me
em ombros imaginários.
Me assumi em transe,
aprisionado por imensa fantasia.
Chutei latas, vi motivos,
e imagens não correlatas,
fiz-me totalmente exposto
- feito cartaz de cinema -,
só que o contexto sem tema
fêz-me ziguezaguear,
feito bêbado... feito um tonto.

Apeguei-me ao que trago
e defino como sagrado.
Tentei redimir-me do passado,
orando baixo pelo sossego
das almas, já desconectadas
dos corpos,
que ali em solo verde,
jaziam.

Não defini nada,
apenas falei muito.
Não consegui reorientar-me
na estrada,
fiz-me sereno, respirei e parei...
a tarde já prenunciava
o momento da minha partida.
Despedi-me, parece que de
um outro mundo.
Entrei no carro, liguei-o,
acelerei fundo,
e rápidamente outro destino
busquei...

josemir(aolongo...)

que pena... que pena...


Arcabouço de espera...
assusto-me.
Tuas palavras
são facas afiadas...
duas pontas de nenhuma estrela.
Dois gumes.
Um mortal ciúme.
Visualizo soltas nas ruas,
imagens irosas feito animais feridos.
Mortalmente enfurecidos.
Recuo...
já não há mais estrelas,
tampouco céu.
Tuas palavras ressonam loucas,
cruéis e amargas...
fel.

No todo, uma forma dupla.
Uma dúbia vontade.
Uma dupla reação.
Uma multifacetada personalidade.

Calabouço...
findou-se o conto de fadas,
já não existe nada além
do que alhures, se posta.
Não me amedronto,
mesmo não sabendo
de onde foi gerado
o desencontro...
tuas palavras me trazem
imenso desconforto.
Que pena...
que pena...

josemir(aolongo...

sábado, 8 de setembro de 2012

buscando abrigo...


O véu da noite cobre todas
as marcas do dia.
Repentinamente,
eis-me na escuridão.
O breu no tempo...
o tempo em mim.
Pelas ruas garrafas...
pelos becos promessas,
e medo do fim.
retiro por instantes,
o que tenta falir
meu coração.
Sei que nada voltará
a ser como antes.
Mas não custa tentar,
e procurar me abrigar...

josemir(aolongo...)

entre a cruz e a espada...


Rupturas...
decisões futuras,
que se tomadas no eclodir da ira
por certo me conduzirão ao sofrer.
A dor em mim arde e queima.
Por alívio, meu coração clama,
enquanto o calor da chama
mais e mais se espalha, ganha vida, se inflama.
Pergunto ao fiel,
que se encaminhava para o templo:
"Pra me salvar, quanto tempo?"
O homem com rosto de santo,
aturdido e afetado, com ar de espanto,
esquivou-se de mim... atravessou a rua,
e evitou-me, forma nua e crua.

Será que minha vontade
expulsou e calou meu anjo da guarda?
Será que minha falência está decretada?

Nada sei...
ninguém de mim, sabe nada...
entre a cruz e a espada,
engulo avidamente um tranquilizante.
Talvez venha a dormir por alguns instantes...
mas e quando despertar?

josemir(aolongo...)

confesso, dei-me um tempo...


















Hoje saí por aí...
queria em verdade,
afastar-me um pouco de mim.
Ouvi o violão de Poeta.
Canções... belas canções...
Sorvi palavras.
Experimentei sensações antigas,
cansado de brigas,
confesso, dei-me um tempo.

Conversei muito...
aprendi, reaprendi,
me encontrei, me perdi.
Busquei reconstruir-me...

josemir(aolongo...)

aguardando o mavioso e alumbrando instante...


Na rua, a criança...
no grito do povo,
nada diferente, nada de novo.
Mas existe luta.
Sabe, eu queria ser porta voz
de existências várias.
Eu queria poder ser capaz,
de sublimar-me,
e voar por aí,
junto ao pensamento dessa criança,
que desnudada e alegremente crua
desfila pela rua,
com a simplicidade dos seres sagrados.
Com a vivacidade e pureza dos seres abençoados.
Com a saberdoria dos que na filosofia,
mergulharam...

Minha cidade... meu lar...
conceito antigo...
ou um processo que abrigo,
de amar o lugar onde eu possa estar.

Em minha vontade, o que arde,
faz alarde, traz sagacidade,
é justamente o que me veste
com a roupa mais simples
entre tantas que possam existir...
a da verdade pura.
E vou por aí...
ali, aí, aqui.
Vou por onde as flores me chamam
através de seu mágico e inebriante perfume.
Vou pra onde o amor me levar,
desde que ele seja real, verdadeiro.
Vou sem volta...
a partir do momento em que sentir,
que o realmente se promete existir,
nada mais será que o querer de felizes momentos.
O estar ao lado...
o assumir-se namorado apaixonado.
A necessidade de viver um para o outro.
Modo solto.
Ainda aguardo esse mavioso e alumbrado instante...

josemir(alongo...)

momentos intensamente vividos...





"Num roçar de vidas em sonhos..."
bons tempos.
Eu não me importava com a direção dos ventos,
inconscientemente, sublimava os meus sofreres,
passava por eles,
como no hoje, muitos passam por mim...
quando em vez, imerso em tedioso talvez,
sentava-me no banco da praça,
e repensava-me profundamente...
delegava poderes pra minha mente,
e sinceramente, sobrevinham as sementes,
de nascituras sensações.
Às turras com minhas dores,
quando mergulhado em mundos outros,
sofria aqui e alhures, verdadeiros horrores...
mas num houve nada não.
Meu forte coração anulava qualquer intenção
de permitir o fixar-se em minha alma,
sinais, rastros, quaisquer presságios de sofreguidão.

"Adormeci sem medo..."
hoje devo confessar, que o dormir,
faz-se em mim um mero arremedo.
Fecho os olhos... somente os fecho...
em verdade, cria-se no entorno uma grande pausa...
um enorme entrementes, um enorme hiato.
É aí, que descubro o imenso buraco,
que abissal, assombrava-me, hoje já não assombra mais.
É que deixei de ser inimigo dos meus dilemas...
eles me compreendem, eu os compreendo.
Não que mantenhamos relações de intimidade estreita.
Mas não mais nos vigiamos...
não nos fazemos sentinelas um do outro,
como fossemos viver eterna vigilia, sempre à espera,
à espreita...

"Segredo, do Bem dormir em paz..."
não existe mais esse estágio além, admito.
mas como tudo em que nós habita modo finito,
meio que arredio, me conformo...
aliás depois de um longo período olhando pra trás,
reassumo as rédeas do meu bom senso.
Pra que lembrar-me de situações,
que doeram em mim, modo intenso?
Mas elas não apagaram as visagens maviosas
dos deliciosos momentos,
os quais ao longo de minha vida, intensamente vivi...

josemir(aolongo...)

mas a paz, ainda me quer...





A manhã flagra-me um tanto quanto sorumbático...
de tanto pensar, juro, passei a preocupar-me,
como um pedaço de folha qualquer,
que tenha pousado em lugar incerto.
Ouço o barulho dos trens...
remonto-me à infância,
apesar da distância,
sei que um enorme pedaço de meu coração,
ficou lá, na velha estação,
inserido em meu constante ir e vir...

Janela fechada... quarto abafado...
imenso suspiro, eis-me agora meio que ressabiado.
Mas penso em Minas...
penso que estive recentemente em
outro mundo, um outro orbe,
durante um grande espaço de tempo,
habitando um lugar, que não era meu.
O que se prometeu?
Tudo...
O que se viveui?
Nada...

Mas como não me entrego à enfadonha rotina,
procuro voraz, libertar minha retina
das lembranças das visagens vãs...
das sensações fúteis... insignificantes afãs...
prefiro agora, mesmo que acabrunhado,
não me entregar a nenhum pensamento,
que tenha me ferido, ou no qual eu tenha sido magoado.

Pronto...
um gole de café,
uma oração.
A retomada de minha fé,
e mais um dia, que tenho certeza,
me trará momentos felizes...
a paz, eu tenho certeza, ainda me quer...

josemir(aolongo...)

que eu jamais me perca de minhas referencias.






Minha sorte...
ah frondosa e esguia trilha, que como filha,
aguarda, como se num remanso de uma ilha,
a hora exata de me reorientar.

Vejo o velho jardim,
uma enorme parcela de mim
instaurada e mesclada à história
de minha cidade...
paro no bar daquela esquina,
onde parecia morar minha sina...
onde paravam meus quereres flagrantes
nos momentos em que os instantes,
faziam-se procelas, violentos temporais...

Recordo-me das conversas,
as vezes desconexas, inversas,
mas conversas...
delirios de segredos meus.
Ah delirios...
pra mim tinham o aroma dos lírios,
e o som das músicas de Jovacy...

pra que eu possa morrer feliz,
que o tempo não pare
e o acervo do que vivi e fiz,
não se ponha abjugado...
não se faça anulado, pela intenção do desfazer,
que caminha lado a lado à todas as minhas intenções.

E que eu possa, quando em vez,
me esquivar dos malefícios do talvez
e inserido em minhas remembranças,
possa enaltecer o quão grande ainda se faz
o grande prazer que sempre tive
de poder rebuscar os pensamentos de onde estive,
e ato contínuo, já refeito, sofrimento desfeito,
caminhar como um ser voante,
de natureza pura, imensa, livre...

josemir(aolongo...)

liberte-me, quando achar que deve...


Minhas mãos esperam rociar sua pele...
e que o vento me leve, forma breve,
para ser arrebatado por sua linda imagem.
Dar-lhe-ei uma flor...
sim, uma flor similar àquelas que nascem
nos muros que separam vidas.
Mas... por que tantas pedras a bloquear os caminhos?
Transpô-las... sim, pois movido pela energia única
do meu amor sincero, por certo me vestirei super herói.

Meus olhos... ah meus olhos...
quero mante-los abertos, bem abertos.
Quero matar a sede de minha saudade.
ah minha saudade...
como marcou em mim a sua presença.
Como ardeu em mim, a febre intensa,
que movida pela sua essência
traduziu meus versos e prosas.

Meus lábios esperam pelos seus.
Um abraço bem dado, apertado...
um carinho maior que meu querer,
que é pra eu poder me conceber
como seu eterno amante...

Lhe darei o meu pensamento,
enquanto seu encanto mantiver-me paralisado.
Ademais, nem vou tentar conter o frêmito,
que se fará vibrar por todo o meu corpo.
A voce agora eu me entrego.
Liberte-me, quando achar que deve...

josemir(aolongo...)

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

luz... muita luz...


Canto e quebro o desencanto
daqueles que se perderam do fascínio.
Quando se esparge
o declamar da pura poesia,
como num toque de magia,
desaparecem todos os indícios da heresia,
e surge luz... muita luz...

É esse o estágio que me comove.
É esse o calor que me envolve.
É essa, a  riqueza crescentiforme,
que me desperta, e torna liberta,
a minha vontade de seguir...
sempre seguir...

josemir(aolongo...)

tudo menos a hipocrisia...

















Não me importo com as maledicências,
o que me agita e me deixa aflito,
é o saciar das vontades, fazendo alardes,
e logo após, aquele ar de hipocrisia...

josemir(aolongo...)


a poesia em mim, renascerá...




Aprisionado aos parenteses de meu verso,
não consigo ablaquear-me, pra poder definir minha rima...
juro, como queria ser onisciente,
pra poder passear livre em minha e em outras mentes,
libertando-me do verso, que confuso,
fêz-se abstruso e de de modo intruso,
estancou-me...

Não fomento recordações irosas,
mas confesso, sem estar possesso,
que dessa vez elas maceraram meu sentimento.
Desfiguraram o encantamento de minhas prosas.
Foi como se eu tivesse vivido um processo de banimento.

Mas o esvoejar efemero das intenções malévolas,
o tempo cuida de clarejar.
Tenho toda a poesia do mundo.
Sei amar de modo puro e profundo,
e estou certo, que um dia,
a poesia em mim, renascerá.

josemir(aolongo...)

tenho sempre direito a viver...


O cintilar belo e sreno das estrelas,
edulcoram meus sutis rompantes de inspiração.
A esperança de poder sempre vê-las,
desabrocha a espernça de estar vivendo incluso
entre as querencias puras do meu coração.

Ainda creio nas pessoas...
ainda espero mergulhar na essencia
das temáticas, que se revelam vestidas de amor.
Em tudo aquilo que ressoa,
- forma intensa -
no reverberar da voz que me encanta,
quando inserida ao peito
de um apaixonado cantor.

Sou da alegria, um cúmplice dileto.
Acato os momentos tristes, procurando moldar-me
às decepções...
sou meio que nostálgico, meio que deserto.
Mas ainda vibro e muito, com a contagiante sensação
de estar de forma constante, me alimentando de emoções.

josemir(aolongo...)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

viajando em minha mente...


Cruzo as ruas
que inteiras e nuas,
separam minhas vontades
e o meu destino.
Paro abruptamente.
Deparo-me incluso
aos rompantes de minha mente,
e feito intruso, parto na frente,
viiajando em minha alma...

josemir(aolongo...)

escombros de meu chão interior...


No mais, mil momentos...
e o frenesi de distanciar-se dos tormentos,
quem inserem-se em nossas almas
feito um sonho ruim...
não me vejo inerte num jazer,
em estado de plena abiose.
Nem tampouco almejo estar em mim,
feito um segredo roto...
um projeto falido e louco.

O abrimento de meu ego
deixa à mostra, o que antes,
fazia-se oculto no interior de meus rompantes,
por vezes de dor, por vezes de amor,
retratos vivos de meus mais preciosos instantes.

Hoje já não choro tanto...
entretanto, ainda escondo os escombros,
que assumiram-se jogados em meu chão interior.

joemir(aolongo...)

minhas duas casas...

Os detalhes, os pormenores, os ditos...
os frêmitos e os escancarados agitos,
propalam um reaviar em estrada de reassunção.
Não se faz mais pugnante, o meu coração.
Manso, sob a influencia das decepções,
ele já não planeja, arbitra, ou precogita.

Recolhido aos aposentos meus,
eis que sorvo das vibrações existentes
meios coerentes de refazer minha alma.
Precluo as rachaduras latentes em meu corpo,
e crescentiforme, aguardo o meu instante solto.

O crepitar das madeiras do mal cuidado assoalho,
antecede toda a minha voraz vontade de repensar-me.
Já sinceramente, não consigo definir o quanto valho.

Lânguido, eu me entronizo, e deslizo
pelos meus interiores aposentos.
Uma outra casa se faz surgir.
Mais rude, mais impactante, mais sagaz.
Eis que os sons que ressonam,
fazem barulho de exasperar.
Retorno à minha casa exterior.
Pelo menso nela, eu ainda consigo vislumbrar
um certo aroma de esperança.
Tenho que me refazer, me superar.
Quem sabe um dia eu consiga mudar
a aparência sombria e vazia,
de minhas duas casas?

josemir(aolongo...)


amar o mundo...

Não...
na verdade,
nada entendo
de amor.
Talvez nem
nunca tenha
trilhado pelos
seus caminhos.
Sem alarde,
vou falar do
que pretendo.
Não vou desdenhar
a dor,
mas jamais valorarei
sua densa capacidade
de destruir, invalidar.
Meu rumo,
tentarei mudar.
Atinente
ao que no entorno
se faz presente,
sem estar aflito
ou esboçar
qualquer grito,
calmo esperarei...

O amor de dois...
esse fica pra depois.
Talvez eu tenha nascido
pra amar o mundo,
e tudo aquilo
que ele graciosamente,
me concede...

josemir(aolongo...)

realeza do amar...


Se dizes que amas,
mas viajas pela falta
de caridade da língua,
apenas deliras.
Viver de mentiras,
não condiz com a realeza
do amar.

josemir(aolongo...)

fazer-se rei...


Em meus sonhos,
uma criatura
abaçanada,
fazia corte pra
todos os que
chegavam,
na festa das cores...

Abjugadas,
aves e pássaros
se deliciavam...
a amora bem
vermelha,
abrandecia-se
e se postava suculenta.

Em meus sonhos,
o rumorejar que ecoava
das sabendas,
sagrava vivas
à paciência.
Ninguém falava.
Ou encantava,
ou fascinava.

Em meus sonhos
as trilhas para
os castelos,
coloridas por motivos
amarelos,
faziam-se abertas
pra quem quisesse
nele penetrar,
e fazer-se rei...

Em meus sonhos,
o que bailava solta,
era a igualdade.
Era a voraz ascendência
da verdade,
sobre quaisquer eventuais
resquícios de incoerencia...

josemir(aolongo...)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

em busca do crescer...


Não...
não me toques à revelia.
Não blasones, nem irrites,
minha alma sonhadora
e bailadeira.
Deixa-me, enquanto pérfida...
ah razão destroçada,
que passeia pela estrada
com passos tropegos,
abandona esse meu corpo.
Deixa-me livre,
pois que pássaro
pelo menos posso cantar,
sonhar, voar...
dos meus deleites
por favor,
não retires uma vírgula
sequer...
que eu possa seguir,
como segue o todo
que se faz natural.
Que minha alma lanhada,
arranhada,
possa seguir ereta
e bem alinhada,
em busca do crescer...

josemir(aolongo...)

o que meu coração almeja...


Do ar,
o quem em mim
se agiganta,
é o total desejo
de estar inserido
em plena mansidão.
Meu coração,
anseia por isso.
Uma estrada de terra.
Uma paisagem verde.
A suavidade da brisa,
que sopra na serra.
A cumplicidade,
que sem alarde
promove a fortaleza,
dos verdadeiros amantes.

josemir(aolongo...)

mas creio...


Pensamos...
penso...
mas modo intenso,
mais me preocupo.
Não me culpo.
Nem prejulgo.
Apenas falo do que sei,
do que vejo.
Do que leio.
Sei que serei,
embora o agora
sempre esteja distante.
Mas creio.
Mesmo que no entorno,,
haja a desfaçatez
da mentira...

josemir(aolongo...)

cura definitiva...


Minhas mãos...
em minhas mãos
meus quereres.
Em minha alma,
indeléveis prazeres.
Não aqueles
que se perdem
entre os póros da pele,
mas os outros...
aqueles que nos fazem
rociar o sentimento,
que somente enlevam.

Eu amo estar à cata...
estar à procura.
Precavido,
como o solo árido.
Cortesão,
feito poeta bardo.
Ferido,
mas sempre à espera
de definitivamente
ficar curado.

josemir(aolongo...)

a gente aceita e agradece...


Meu andar pelas ruas,
fêz-se cabisbaixo.
Não me vejo incluso
no processo de vida...
vida livre.

Teço uma imensa
rede em minha mente.
Procuro agora,
proteger-me.
Travo uma intensa
briga e indago:
Por que mentes?

Saudades de minhas querencias
tranquilas...
saudades de minhas vontades,
de minhas filhas...

Mas como tenho
que seguir jornada,
peço ao Bom Amigo,
que me auxilie.
Que me livre desse
girogirar incessante.
Que me reinsira de novo
à vida.
O que há de vir depois,
a gente aceita e agradece...

josemir(aologo...)


longe se vão as verdades...


O amor está sendo
maculado...
o girassol com isso,
perde em muito
o seu amarelo ouro.
Eu fico por aqui, amuado,
querendo crer,
que esse estágio de sofrer
não seja duradouro.

As pessoas andam
mentindo...
a frialdade envolve
o que de vivo se faz.
As pessoas andam traindo.
Isso tira-me do sério.
Me afasta da paz.

O logro,
o querer investir
em inverdades,
está fortalecendo
as maldades e veleidades.
Eu fico por aqui, calado,
meio aturdido, embaraçado...
longe se vão as verdades...

josemir(aolongo...)

mesmo que tenha convivido nas sombras...


Quer estar ao lado
dos sorrisos.
Abrandeça meus
quereres,
pra que em resposta
meus prazeres,
também sejam teus.

Numa taça de cristal
quero brindar,
o que há vir.
Não o que me convir,
se o liquido por acaso
sobre meu corpo vier
a se derramar e espalhar.

Na alvura da candura,
que a brisa lenientemente
conduz,
que eu proceda como
um ser pleno,
agente de luz.
Mesmo que que tenha
tido convivido,
com criaturas advindas
das sombras...

josemir(aolongo...)

descansar imerso em fascínio...


Vou lutar para debelar
toda essa bruma.
Tornar-me-ei ignescente,
e de forma ardente,
cantarei.

Jornadearei pelos caminhos
onde os sons, aliados aos dons,
encantam e curam...

Abstenho-me de fazer
juizo de valores...
quero mais é me fascinar
pelas cores das flores,
que circungiram em torno
do solo são...

Vou por certo,
continuar a viver.
Orlarei caminhos abissos,
mas não deixarei de abjugar
os livres indícios
dos sonhos que crescem,
enquanto inseridos
nos objetivos de amar.

Poetarei...
das rimas e versos,
meu remanso farei.
E é na mansuetude
dessa poesia,
que imerso em fascinio,
descansarei...

josemir(aolongo...)

renascido e redesenhado...


Pularei os trejeitos infames,
e partirei sem casuísmos...
meus abalos e sismos
confrontar-me-ão com
a escuridão dos meus
abismos...
minhas pseudo verdades
deixarão de se ocultar
em estágios líticos,
e com certeza
se confirmarão as mentiras
inteiras...
as promessas sem eira ou beira.

Somarei às minhas partes ativas,
as outras, àquelas que passivas
sempre envolveram-me
em fascinio absoluto.
Mas creio-me,e por isso,
não me atarei a qualquer
resquício...
conseguirei como sempre
debruar pelos meus caminhos,
- no hoje abalados -
e ressurgirei incólume,
num clarejado ponto futuro.
Renascido e redesenhado...

josemir(aolongo...)

em meu eu...

Chove...
e por hora,
um tanto quanto
apequenado,
rocio o orbe
de minha decepção,
molhando-me...

Beiradejando
os meus quereres,
os quais,
em verdade
já não consigo
compreender,
sinto medo
de me perder.

Castigado
pela minha própria
esperança carcomida,
percebo ter que
procurar outra vida.
Ou voltar a buscar
forças, não ao que se prometeu,
mas sim,
ao que me entristeceu
porém libertando-me
para procurar
o que realmente de meu,
se aloja com sinceridade,
em meu eu...

josemir(aolongo...)