segunda-feira, 10 de setembro de 2012

como os que amam em alma...


Paradas, parênteses. paisagens...
entre as pedras, o que me segredas,
eterniza-se no silêncio áspero
daquilo que solidamente se impõe.

Procuro minha forma natural de ser.
Vamos convir, que esse ir e vir,
por vezes, deixa-nos meio que jogados
a caminhar pelas ruas e calçadas.
Nos letreiros, os sinais primeiros
de que estamos açambarcados pelo querer.
Não aquele querer, que somente traz o fútil prazer.
Não o querer qualquer, que a prior esboça-se
no ato impueril dos sonhadores vãos...
Mas um querer de maior idade.
Um querer fiel, qual aquele que leva
os aficionados cristãos a buscar celebrar sua fé
em sintonia, mergulhados na energia de seus templos.
Um querer que perspasse o tempo,
e não somente atravesse avenidas,
ou tampouco apenas cruze quaisquer esquinas...

Quanto mais puder lançar-me à água cristalina
do viajar, e através da cristalinidade,
fazer-me plenamente acessível e transparente,
mais e mais me farei coerente...
mais e mais, me tornarei confiante...
mais e mais, estarei incluso no que na gente,
aflora-se feito o luzir de uma obra prima...
feito um sinal...
feito o que vem de cima, de forma divina,
e penetra-nos, permitindo-nos seguir a sina,
que por certo, nos trará ao fim da caminhada
uma maneira bem mais acentuada e equilibrada
de amar, como os que amam em alma...

josemir(aolongo...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário