domingo, 16 de setembro de 2012

covas rasas...


As covas são rasas.
Os pássaros descansam as asas,
e a tarde amaina-se.
As faces, repetem o mesmo sorriso,
os cães espantam-se
com o som dos guisos,
que atrelados aos beirais
das portas, ressonam.

Não consigo trazer comigo
a força de poder detalhar,
o que no hoje, possa fazer-se abrigo.

As covas rasas,
não conseguem mais ocultar
os milhares de corpos.
As falas libertaram as palavras,
mas os livros fajutos,
novamente as aprisionaram.

Triste sina...

josemir(aolongo...)

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