quarta-feira, 21 de novembro de 2012

à madrugada, sentinela singela do poeta...


Os cristais fogem do vento,
fazem silencio, cessam seu tilintar...
os pirilampos mudam o curso do vôo.
Murmuram: "deixem o poeta, poetar".
E em assim sendo, nada quebrará a madrugada.

O vento não sibila.
O poeta, nos hiatos de seus vacilos,
trasvolteia, e novamente vacila.
Mas, apaga as linhas plenas de bruma...
os versos fazem-se perplexos,
quando amalgamados às rimas,
constroem - através do poeta -
sublimes poesias...

Ah madrugada infinita.
Voas pelos domínios daquele que cria.
Não apressas o nascer do dia,
estar em ti é trazer do todo, que inebria,
o suave libertar da inspiração...

O poeta agora adormece.
Madrugada, sentinela singela,
já podes fazer as honras para o amanhecer,
que inserido em vertente magia.
já mansamente se anuncia...

josemir(aolongo...)

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