terça-feira, 21 de agosto de 2012

algo indefinido...


Naquele momento, talvez,
tenha existido um resquicio de fuga...
uma esperança, um viés...
uma enorme distância
entre o ancoradouro do cais
e o barco de nossos sonhos,
nosso convés...

Não me lembro...
foi confuso.
Algo lusco fusco,
açambarcado por neblina feroz.
Algo não definido... abstruso.

Ancoradouro e barco,
foram sugados pelas mãos
do tempo.
Absorvidos pela força do vento,
e lentamente desapareceram...

Fiquei...
eu e minhas remembranças.
Eu e minhas esperanças.
Eu e minha fé postra a prova,
num mergulho sem fim,
pra um destino qualquer.
Hoje me recordo do quadro.
somente isso.
Algo se fez surgir e partir.
Como se barco e ancoradouro,
cais, mar, voce, eu,
jamais ali tivéssemos
um dia vivido...

josemir(aolongo...)

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