quarta-feira, 15 de agosto de 2012

às avessas...


Enquanto o frigir do pensar nos agita,
e o que se apresentava antes como espasmo,
agora no todo conflita,
sentimos que o que realmente faz-se não estático
e com força de redemoinho se movimenta,
é tudo aquilo que nossa carne fomenta.
É tudo aquilo que por vezes nos afugenta,
fazendo ablaqueados, os sentidos do mirar alonjado
que nem sempre sustenta
a suposta lógica inserida em nossos cantares e  poetares...
 
O sal de nossa pele,
por vezes fere
nossa consciência,
que onisciente apresenta-se por vezes renitente,
justo nos momentos em que intervalamos
gestos manifestos e lucidez no que se sente...
 
Por isso a força que se faz abundante.
Por isso o sorver de cada átimo de instante,
pois que se somos viajores andantes,
por certo nossos pensamentos voantes
são os que antes,
faziam-nos pregados ao solo.
Como se paralizados exigíssemos colo.
Como se perdidos,
buscassemos em nossos frágeis sentidos
os segredos que bailam à nossa frente,
de forma freqüente,
e nós insistimos em não querer vê-los...
 
Ser-nos...
Eis o que em  nós se revela e se resvala.
Conter-nos,
eis o que nos cala,
pois que nos pensamentos que adejam
habitam em verdade o que nossa qüerencia
mantém segredada,
no fundo dos nossos recônditos.
Como fossem preces.
Como fossem promessas.
Como o que fôssemos,
quando às avessas...
 
josemir (ao longo...)

4 comentários:

  1. Mil gracias querido y admirado poeta por siempre acariciar nuestra alma y nuestros sentidos con la suprema belleza de tus versos . Besinos de esta amiga admiradora con todo mi cariño.

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  2. o dia é outro dia quando leio os teus ditos, bjo amigo

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    1. grato demais pelo carinho do comentário, amiga ioninha.

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