segunda-feira, 27 de agosto de 2012

aprendi-me...


Cantei como nunca.
Soltei-me qual criança,
esperança em mim fez-se dança,
e confesso
-corpo absterso -
deixei fluir e fiz fluir-me...
dos maus intentos escondi-me,
e ablaqueado,
- sina e intenção de vime -
consegui avistar o cime
do que realmente é, por ter nascido
verdadeiramente querendo ser...

Colibri de cores múltiplas
voou sobre os meus pensamentos...
meus mais nobres momentos,
- agora, descobri -
serão os que estão por vir.

Soltei-me ao vento.
Aferi meus intentos,
e lancei ao esquecimento,
o aferir inconcluso do lamento,
que traz resquicios de tormento,
que fica por aí,
perdido num eterno ir e vir...

Hoje e agora,
descobri-me em meio ao nada,
que nada realidade era uma luz aprisionada
trazendo ao corpo meu,
nuances densas de breu...
diretrizes direcionadas.

Bailo...
aprendi que se não for pra cantar,
melhor calar...
aprendi, que se não for para crescer,
melhor parar, reavaliar...
aprendi, que o renascer,
não é afeito a todos...

Aprendi que sou,
justamente porque notei-me não sendo...
aprendi, que o que voou,
realmente era o que estava me remetendo
aos deslizes absconsos de meus recônditos
mais entranhados...

Aprendi-me...
Fato encerrado e consumado...

josemir(ao longo...)

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