quinta-feira, 16 de agosto de 2012

uma criatura que não nasceu pra caminhar sozinha....


Caminhas pela trilha ondeante
do que lírico, desabrocha-se onirico.
Opado, eis que meu senso,
chameja intenso...
é que ele desvia-se dos forames
procurando esguio
esquivar-se do que estridula.
Estouraz, eis como se apresenta,
o que escorjado se veste
e ante meus olhos se manifesta.
Não se trata de festa.
É como se um algo eterizado,
buscasse assumir-me,
corpo, alma, verbo formado,
adentrando-se nos reconditos
de minhas mais profundas entranhas.

Não, não busco estorcer
de forma absintada
o que gosto...
hermético retorno aos meus sohos.
Por vezes bisonhos.
Por vezes visonhos.
Mas mergulho-me assim mesmo.
Sou uma vertente que não se construiu a esmo.
Não me fiz de parcelas soltas,
envolto em querencias loucas.
Apenas caminho pelas trilhas oníricas,
pelas quais caminhas.
Sou em verdade uma criatura
que não se concebeu e nem optou
por viver às turras com meu eu...
que não nasceu pra caminhar sozinha...

josemir(aolongo...)


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